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EUA oferecem US$ 20 milhões por quatro líderes do Estado Islâmico

Reprodução/AP
Imagem: Reprodução/AP

Em Washington

05/05/2015 18h50

Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira (5) que oferecem um total de US$ 20 milhões em recompensas por informações que levem à captura de quatro líderes do EI (Estado Islâmico), entre eles o porta-voz do grupo, Abu Mohammed al Adnani.

O Departamento de Estado anunciou em comunicado que incorporou os nomes de quatro líderes "chave" do EI a seu programa de Recompensas por Justiça, criado em 1984 e pelo qual os Estados Unidos concederam US$ 125 milhões a pessoas de todo o mundo por informações relacionadas com suspeitos de crimes.

Os EUA oferecem até US$ 7 milhões por dados relacionados a Abd al Rahman Mustafa al Qaduli, "um líder do EI que voltou a se unir ao grupo" na Síria "após sua saída de prisão no início de 2012", indicou o comunicado.

Qaduli, que em maio de 2014 foi designado como terrorista pelo Departamento do Tesouro dos EUA e, portanto, está também sujeito a sanções, faz parte da Al Qaeda no Iraque desde 2004, e foi o "número dois" do líder dessa organização, Abu Musab al Zarqawi.

Além disso, o Departamento de Estado oferece até US$ 5 milhões por informações sobre Abu Mohammed al Adnani, líder e "porta-voz oficial" do EI, cujo nome original é Taha Sobhi Falaha, e que também está sujeito a sanções americanas desde agosto de 2014.

Adnani "é o principal condutor para a disseminação das mensagens do EI, incluindo sua declaração da criação de um califado islâmico", e tem pedido "repetidamente a realização de ataques contra cidadãos ocidentais e prometido a 'derrota' para os Estados Unidos", disse o Departamento de Estado.

Por fim, os EUA oferecem uma recompensa de até US$ 5 milhões por informações sobre Tarkhan Tayumurazovich Batirashvili e outros US$ 3 milhões por Tariq Bin Al Tahar Bin Al Falih Al Awni Al Harzi, ambos sujeitos a sanções do Departamento do Tesouro desde setembro do ano passado.

Batirashvili, de nacionalidade georgiana, "supervisionou" uma prisão do EI em Al Tabqa (Síria), onde o grupo jihadista "provavelmente manteve presos reféns estrangeiros", "trabalhou com a seção financeira" do grupo e "administrou suas operações" na área síria de Manbikh, segundo os Estados Unidos.

Em 2013, ele foi nomeado comandante de operações nas províncias sírias de Aleppo, Al Raqqah, Latakia e Idlib, acrescentou a nota.

Quanto a Harzi, que é tunisiano, ele foi "um dos primeiros terroristas a se juntar ao EI e trabalhou como funcionário do grupo na Síria", de onde ajudou a arrecadar fundos com doadores que estavam no Golfo Pérsico, de acordo com o Departamento de Estado.

Harzi foi nomeado "líder do EI na região fronteiriça entre Síria e Turquia" e, pelo menos até o final de 2013, era encarregado de dirigir os atentados suicidas da organização, além de conseguir armas de Líbia e Síria para as operações do grupo no Iraque.