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Polícia faz batidas em propriedades de ex-vice-presidente da Guatemala

29/05/2015 02h34

Cidade da Guatemala, 28 mai (EFE).- As autoridades da Guatemala informaram nesta quinta-feira que foram feitas pelo menos 13 batidas nos últimos dias em propriedades da ex-vice-presidente do país, Roxana Baldetti, que renunciou no dia 8 de maio por suspeita de envolvimento em um caso de corrupção.

Um juiz autorizou as batidas em residências e empresas de Roxana, a pedido do Ministério Público, segundo confirmou aos jornalistas a porta-voz da promotoria, Julia Barrera.

Além disso, o Ministério Público confirmou que foram feitas 14 batidas na capital da Guatemala relacionadas com o caso "La Línea", que tinha como objetivo cobrar propina de empresários e usuários em diferentes postos alfandegários do país para isentá-los do pagamento dos impostos de importação.

Segundo a porta-voz do Ministério Público, durante essas batidas, os agentes apreenderam documentos e computadores que "estão sendo analisados" em uma investigação que continua aberta.

A investigação, realizada pela Comissão Internacional Contra a Impunidade na Guatemala (CICIG) e pelo Ministério Público, permitiu até o momento a captura de 27 pessoas, entre eles Omar Franco e Carlos Muñoz, ex-titulares da Superintendência de Administração Tributária (SAT).

O presidente da Guatemala, Otto Pérez Molina, confirmou hoje que a ex-vice-presidente "não saiu do país", já que existe uma ordem judicial, solicitada pelo Ministério Público após a divulgação da notícia que o Congresso tinha aceitado sua renúncia, para que ela não deixe o território do país.

Na carta que Roxana apresentou a Pérez Molina e ao Congresso, a ex-vice-presidente indicou que sua renúncia era "uma demonstração de sua vontade para que se esclareçam os fatos e para eliminar toda e qualquer suspeita" de seu envolvimento nas investigações.

Além disso, Roxana garantiu que renunciou com o objetivo de se colocar à disposição da Justiça.