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Pelo telefone, Obama e Putin falam sobre Ucrânia, Síria e Irã

Jewel Samad/AFP
Imagem: Jewel Samad/AFP

Em Washington

25/06/2015 20h30

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, telefonou nesta quinta-feira (25) para seu colega americano, Barack Obama, que lhe pediu que retirasse suas tropas e armamento do território da Ucrânia, informou a Casa Branca em comunicado.

"O presidente Obama reiterou a necessidade de que a Rússia cumpra os compromissos dos acordos (de paz) de Minsk e retire todas as tropas e equipamento russo em território ucraniano", afirmou o comunicado da Casa Branca.

Os dois líderes, que mantêm uma relação distante devido às diferenças em relação ao conflito ucraniano e à guerra civil na Síria, não conversavam desde fevereiro de 2015, quando Obama ligou para Putin.

Segundo a nota da Casa Branca, desta vez Putin ligou para Obama e ambos falaram do conflito ucraniano, no qual Moscou apoia os separatistas das regiões do leste do país em sua luta contra o governo central de Kiev, pró-ocidental.

Segundo Washington, a Rússia está enviando tropas e armamento para alimentar o conflito armado na Ucrânia, algo que levou os Estados Unidos a anunciar o desdobramento de armamento pesado e tropas nas fronteiras orientais da Otan.

Os dois líderes também falaram da "necessidade de resistir ao Estado Islâmico e sobre os eventos no Oriente Médio", especialmente sobre "a cada vez mais perigosa situação na Síria".

A Rússia é um dos principais aliados internacionais do regime sírio de Bashar Assad, que em quatro anos de guerra civil perdeu o controle de amplas áreas do país perante o avanço dos jihadistas do EI.

Os Estados Unidos, que pediram a saída negociada de Assad, começou em setembro do ano passado a bombardear posições do EI na Síria, adotando um papel mais relevante no conflito sírio.

Putin e Obama também falaram das conversas internacionais com o Irã para que garanta que não desviará seu programa nuclear para fins militares, que deveriam terminar este mês e nas quais participam também China, França, Reino Unido e Alemanha.