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Hamas acusa Israel de "sequestrar" ativistas a bordo da pequena Frota

Barco israelense é visto no mar Mediterrâneo, próximo ao porto de Ashdod - Amir Cohen/Reuters
Barco israelense é visto no mar Mediterrâneo, próximo ao porto de Ashdod Imagem: Amir Cohen/Reuters

Em Gaza

29/06/2015 07h59

O Hamas acusou nesta segunda-feira (29) o governo israelense de "sequestrar" os ativistas que viajavam na pequena Frota da Liberdade III rumo a Gaza e que foram interceptados pelas Forças Armadas israelenses que agora os escoltam até o país.

"A ocupação israelense que está sequestrando os ativistas a bordo das embarcações e evitando que cheguem a Gaza oferece a imagem mais desagradável da atuação israelense e uma violação do direito internacional, e mostra que a ocupação insiste em manter Gaza sob o bloqueio", opinou em comunicado Sami Abu Zuhri, porta-voz do movimento islamita no enclave litorâneo.

Forças navais israelenses abordaram nesta madrugada o Marianne, uma das embarcações da pequena Frota da Liberdade, quando se encontrava a 100 milhas náuticas do litoral de Gaza, o que foi qualificado pela organização de "vulneração do direito internacional" e "pirataria".

"O Hamas pede ao (secretário da ONU) Ban Ki-moon e à comunidade internacional que assumam a responsabilidade e rompam com o silêncio contra este crime. Reiteramos que a mensagem da pequena frota chegou e este barco revelou os crimes da ocupação", criticou Abu Zuhri.

O Exército israelense, por sua vez, assegurou em uma nota de imprensa que "após esgotar todos os canais diplomáticos, o governo israelense ordenou que a Marinha redirigisse a embarcação para impedir a ruptura do bloqueio naval".

Tanto o Marianne como os quase 20 ativistas que viajavam a bordo, entre os quais está o ex-presidente tunisiano Moncef Marzouki, o deputado palestino com nacionalidade israelense Basel Ghatas e a espanhola e parlamentar europeia Ana Miranda, são escoltados pelas tropas que os abordou até o porto de Ashdod, no litoral israelense, onde chegarão durante o dia.