Topo

Ramo egípcio do EI reivindica atentado perto de consulado italiano no Cairo

Alaa Qamhawy/Efe
Imagem: Alaa Qamhawy/Efe

11/07/2015 13h28Atualizada em 11/07/2015 15h11

Cairo, 11 jul (EFE).- O grupo jihadista Wilayat Sina (Província do Sinai), ramo da organização extremista Estado Islâmico (EI) no Egito, assumiu a autoria do atentado com carro-bomba que matou uma pessoa e deixou outras dez feridas em frente ao consulado da Itália no Cairo.

Em um breve comunicado divulgado nas redes sociais, o Wilayat Sina disse que o veículo transportava 450 quilos de explosivos.

"Os soldados do Estado Islâmico conseguiram detonar um carro-bomba que estava estacionado e levava 450 quilos de material explosivo em frente ao consulado italiano no centro do Cairo", explicou a nota.

O grupo extremista, com base na Península do Sinai, aconselhou aos muçulmanos que se "afastem de todos estes edifícios oficiais porque são alvos dos ataques dos mujahedins (guerreiros santos)".

O Ministério do Interior egípcio informou que os explosivos estavam em um veículo estacionado em frente ao consulado e foram detonados por controle remoto.

A forte explosão causou grande destruição na fachada do consulado, que estava fechado no momento do ataque, e em outros imóveis nos arredores.

Em Roma, o ministro das Relações Exteriores italiano, Paolo Gentiloni, afirmou que se trata de "um ataque direto contra a Itália" mas que não causou vítimas entre seus cidadãos.

O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, conversou por telefone com o presidente egípcio, Abdul Fatah al Sisi, e lhe ofereceu para "lutarem juntos contra o terrorismo e o fanatismo".

Já o juiz egípcio Ahmed Fudali, aliado do presidente Abdul Fatah al Sisi, disse à Agência Efe no Cairo que o atentado tinha ele próprio como alvo, e que o ocorrido foi "uma tentativa de assassinato".

Fudali explicou que estava na Associação de Jovens Muçulmanos, cuja sede fica na frente do consulado e na qual ocupa um alto cargo. Ele havia deixado o local pouco antes da explosão.