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Cidade do Níger proíbe uso do véu integral para evitar atentados suicidas

Imagem mostra mulheres usando o véu integral ou niqab - Fadel Senna/AFP
Imagem mostra mulheres usando o véu integral ou niqab Imagem: Fadel Senna/AFP

Em Niamey (Níger)

29/07/2015 18h36

As autoridades de Diffa, cidade no sudeste de Níger, proibiram o uso do véu integral (niqab) pelas mulheres como medida preventiva contra possíveis atentados suicidas do grupo jihadista Boko Haram.

O prefeito de Diffa, Hankurau Biri-Kasum, afirmou que também está proibida a circulação de carros e pedestres a partir das 22h, com exceção dos veículos do Exército.

Segundo informou à Agência Efe Madi Adji, membro da Associação de Defesa Nigerina dos Direitos Humanos (ANDDH) em Diffa, as medidas são consequência dos atentados suicidas realizados pelo Boko Haram em países como Chade, Camarões e Nigéria.

Uma fonte de segurança, que quis manter anonimato, comentou que a decisão de proibir às mulheres de usar o véu integral seguirá em vigor até que "a guerra contra a seita (Boko Haram) tenha terminado".

A região de Diffa é palco desde o último mês de fevereiro de frequentes ataques do Boko Haram, e em várias ocasiões foi decretado o estado de emergência, o que permite às forças de defesa ter carta branca para perseguir os membros ou os cúmplices da seita, ou os suspeitos, até em seus próprios domicílios.

Várias dezenas de pessoas, civis e militares, morreram nos ataques do Boko Haram. O último ataque aconteceu em 18 de julho em um povoado próximo à cidade de Bosso, vizinha de Diffa, quando os jihadistas mataram 16 pessoas que estavam rezando.

Uma semana antes, o Boko Haram matou quatro soldados em um ataque contra a prisão civil de Diffa.