Último bombardeio turco no norte do Iraque mata ao menos 9 membros do PKK

Pelo menos nove membros do Partido dos Trabalhadores de Curdistão (PKK) morreram nesta quarta-feira (29) nos novos bombardeios da aviação de combate turca contra suas posições em zonas fronteiriças do norte do Iraque.

Um responsável do PKK, Dalil Named, baseado na fronteira, disse à Agência Efe que os aviões turcos atacaram sedes da guerrilha nas aldeias de Jaku e Kari, situadas na província de Dohuk, na região autônoma do Curdistão iraquiano.

Os bombardeios, que começaram ontem à noite e ainda continuam, deixaram pelo menos quatro guerrilheiros desta formação proscrita na Turquia feridos, afirmou Named.

A emissora turca "NTV" informou hoje sobre os bombardeios contra os refúgios da guerrilha curda no norte do Iraque e explicou que estes foram realizados por caças F-16.

Ontem mesmo, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, deu por acabado o processo de paz iniciado em 2013 com o PKK porque este grupo "ameaça a união nacional", e confiou que a Otan tome as decisões apropriadas para apoiar seu país.

Erdogan acusou o PKK de ter se "aproveitado" do plano de paz, e garantiu que seu país continuará atacando suas posições no norte do Iraque, uma ofensiva iniciada na sexta-feira passada.

Com relação a isso, Named, membro do escritório de Relações Exteriores do PKK, garantiu que seu partido insiste na "trégua e na paz".

"Estamos em uma posição de defesa porque os turcos combatem em representação do [grupo terrorista] Estado Islâmico, e nós lutamos contra este", ressaltou.

A aviação turca começou na semana passada a bombardear posições da guerrilha curda no norte do Iraque e na Turquia, assim como do Estado Islâmico na Síria, após sofrer em seu território vários ataques de ambos grupos.