Cerca de 1,3 mil manifestantes protestam em Berlim contra investigação a blog
Berlim, 1 ago (EFE).- Cerca de 1,3 mil pessoas, segundo a polícia, protestaram em Berlim neste sábado contra as investigações sobre o blog "Netzpolitik.org" por suspeita de alta traição anunciadas na quinta-feira.
As investigações foram suspensas posteriormente devido às críticas à Procuradoria Geral por uma suposta restrição à liberdade de imprensa.
A passeata, convocada com o lema "Pelos direitos fundamentais e da liberdade de imprensa", percorreu o centro da capital alemã como exemplo de solidariedade em relação ao blog jornalístico, até parar em uma concentração em frente ao Ministério da Justiça.
A manifestação continuou com as críticas ao procurador-geral, Harald Range, e com as declarações do ministro alemão de Justiça, o social-democrata Heiko Maas, que questionou se o blog pode ser enquadrado em alta traição sem ter colocado em perigo a segurança do Estado.
Dentro do Partido Social-Democrata (SPD) já houve alguns pedidos de renúncia do procurador-geral, assim como nos partidos da oposição, Os Verdes e A Esquerda. O próprio Range recuou ontem e decidiu deixar o caso em suspenso, à espera de um relatório independente sobre a questão.
As investigações prévias sobre o portal derivaram de um pedido do Escritório Federal de Proteção da Constituição, os serviços secretos de Interior, pela publicação de extratos de um relatório considerado confidencial.
Os documentos se baseavam na criação de uma unidade para a vigilância da internet e para a detecção de perfis de radicais e extremistas nas redes sociais.
O portal em questão é um dos blogs políticos mais conhecidos da Alemanha e em 2014 foi agraciado com o prestigiado prêmio Grimme na categoria de portais digitais.
O caso se comparou na Alemanha com a denúncia por alta traição apresentada em 1962 contra a revista "Der Spiegel" por publicar em plena Guerra Fria um artigo sobre manobras da Otan e os planos de compra de armas do então ministro da Defesa da Alemanha, Franz Josef Strauss.
O diretor da revista, Rudolf Augstein, passou três meses na prisão, em meio a uma grande campanha de solidariedade e a favor da liberdade de expressão em escala nacional e da imprensa.
As investigações foram suspensas posteriormente devido às críticas à Procuradoria Geral por uma suposta restrição à liberdade de imprensa.
A passeata, convocada com o lema "Pelos direitos fundamentais e da liberdade de imprensa", percorreu o centro da capital alemã como exemplo de solidariedade em relação ao blog jornalístico, até parar em uma concentração em frente ao Ministério da Justiça.
A manifestação continuou com as críticas ao procurador-geral, Harald Range, e com as declarações do ministro alemão de Justiça, o social-democrata Heiko Maas, que questionou se o blog pode ser enquadrado em alta traição sem ter colocado em perigo a segurança do Estado.
Dentro do Partido Social-Democrata (SPD) já houve alguns pedidos de renúncia do procurador-geral, assim como nos partidos da oposição, Os Verdes e A Esquerda. O próprio Range recuou ontem e decidiu deixar o caso em suspenso, à espera de um relatório independente sobre a questão.
As investigações prévias sobre o portal derivaram de um pedido do Escritório Federal de Proteção da Constituição, os serviços secretos de Interior, pela publicação de extratos de um relatório considerado confidencial.
Os documentos se baseavam na criação de uma unidade para a vigilância da internet e para a detecção de perfis de radicais e extremistas nas redes sociais.
O portal em questão é um dos blogs políticos mais conhecidos da Alemanha e em 2014 foi agraciado com o prestigiado prêmio Grimme na categoria de portais digitais.
O caso se comparou na Alemanha com a denúncia por alta traição apresentada em 1962 contra a revista "Der Spiegel" por publicar em plena Guerra Fria um artigo sobre manobras da Otan e os planos de compra de armas do então ministro da Defesa da Alemanha, Franz Josef Strauss.
O diretor da revista, Rudolf Augstein, passou três meses na prisão, em meio a uma grande campanha de solidariedade e a favor da liberdade de expressão em escala nacional e da imprensa.
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