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Erekat visita em Tel Aviv família do bebê palestino morto em atentado

01/08/2015 15h08

Jerusalém, 1 ago (EFE).- O negociador-chefe palestino, Saeb Erekat, visitou neste sábado em um hospital de Tel Aviv à mãe e o irmão do bebê de 18 meses morto ontem na cidade de Duna, na Cisjordânia, quando extremistas judeus lançaram um coquetel molotov contra a casa da família.

Erekat, que entrou em território israelense acompanhado do ministro da Saúde palestino, Jawad Awad, e do chefe da Inteligência palestina, general Majid Faraj, transmitiu a eles as condolências e o apoio do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas. Ao fim da visita, ele reiterou que considera o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o principal culpado dos fatos.

"A Palestina considera o governo israelense totalmente responsável pelo ataque terrorista contra a família Dawabsha. A construção de assentamentos, a impunidade dos crimes cometidos contra o povo palestino e a instigação contra a existência dos palestinos como uma nação soberana, incluindo reconhecer Israel como estado judeu, abriram caminho a este ataque terrorista", ressaltou Erekat em comunicado divulgado esta tarde.

Ontem, Netahyahu e o presidente do Estado de Israel, Reuven Rivlin, visitaram o irmão do bebê, Ahmed Dawabsha, de 4 anos, e condenaram o ataque. Eles se comprometeram a encontrar e levar os envolvidos à Justiça.

O crime aconteceu na madrugada de sexta-feira, quando dois supostos colonos judeus extremistas lançaram coquetéis molotov contra as casas da família Dawabsha e a de um vizinho, que estava vazia.

O filho mais novo da família, Ali, morreu queimado. A mãe, Reham, de 27, e o pai, Saad, de 32, estão em estado grave. O pequeno Ahmad sofreu queimaduras em 60% do corpo. A mãe e o irmão foram transferidos a um hospital de Tel Aviv, enquanto o pai está internado em uma unidade da cidade de Beersheba.

O fato foi duramente condenado pela comunidade internacional, que exigiu que Israel faça com que os colonos paguem pelo crime, e aumentou o medo de que uma nova onda de violência na região comece. Ontem, ocorreram vários enfrentamentos entre jovens palestinos e forças israelenses e dois adolescentes, um em Gaza e outro na Cisjordânia, morreram.