Anistia Internacional alerta sobre mortes por violência policial no Rio
Rio de Janeiro, 2 ago (EFE).- A Anistia Internacional promoveu neste domingo uma ação no Aterro do Flamengo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, para chamar a atenção para as mortes provocadas pela violência policial na cidade, tema do relatório que será divulgado amanhã, a poucos dias da cidade entrar na contagem regressiva de um ano para o início dos Jogos Olímpicos.
Em entrevista à Agência Efe, a coordenadora de campanhas da Anistia Internacional no Brasil, Rebeca Lerer, explicou que o documento detalha uma situação que acontece no Rio de Janeiro, mas se que repete em outros estados do país.
"Depois que a gente lançar a campanha aqui, a ideia é ir a Brasília, São Paulo, Salvador e outras cidades para promover essa discussão com autoridades de outros lugares, entidades da sociedade civil e familiares de vítimas", afirmou.
Na ação de hoje, 40 pessoas, entre ativistas e voluntários, se revezaram em bicicletas que geravam energia e alimentavam baterias que permitiam o funcionamento de um telão. Nele era reproduzido um vídeo que questionava se o país estava preparado para praticar os valores olímpicos.
"A mensagem principal dos Jogos Olímpicos são os valores de amizade, respeito e excelência e o que estamos questionando é se a cidade do Rio de Janeiro está preparada realmente para receber os Jogos e honrar esses valores quando convivemos com uma polícia que mata milhares de pessoas", argumentou.
Segundo a coordenadora, a Anistia está trazendo à tona esse debate já que a cidade também deve estar preparada desse ponto de vista.
"A ideia era gerar uma imagem que usasse o cenário da cidade para transmitir algumas mensagens sobre a violência policial e o alto índice de homicídios", explicou.
Enquanto os ativistas pedalavam, informações sobre mortes provocadas por ações policiais eram exibidas no telão.
"Os dados completos, com detalhes sobre novos casos e resultados dessa pesquisa inédita da Anistia serão divulgados amanhã, às 10h30 através da internet", disse a coordenadora.
O documento irá reunir o resultado de nove meses de pesquisa com dados oficiais e estatísticas do governo, documentos específicos dos casos relatados, com perícias e laudos, além de entrevistas com mais de 50 pessoas, entre especialistas em segurança, testemunhas e lideranças locais em defesa dos direitos humanos.
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