Inundações deixam 103 mortos e afetam 1,2 milhão em Mianmar
O número de vítimas das inundações em Mianmar chegou a 103 mortos e 1,2 milhão de afetados, em meio à previsão de mais chuvas nos próximos dias, conforme informou nesta quinta-feira a Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).
A maioria das mortes corresponde ao estado de Rakhine, que faz fronteira com Bangladesh, no oeste do país.
As inundações afetam 13 estados e regiões que têm parte da população em zonas de risco, como os residentes das margens do rio Ngawun, segundo o relatório da Asean que inclui dados do Departamento de Socorro e Reassentamento.
O documento indicou que "são esperadas chuvas nos próximos dois dias no nordeste de Mianmar, o que causará um aumento de volume nas represas e rios".
O Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCAH) alertou em seu último boletim que "os dados de afetados mudam constantemente porque em alguns lugares a água diminui e os moradores decidem retornar a suas casas, e em outros as inundações criam novos afetados".
"A inundações na região do rio Ayeyarwady deixaram cerca de 380 mil pessoas desabrigadas ou deslocadas", acrescentou a agência da ONU, que também fala em 346 mil crianças afetadas em todo o país e 689 mil acres de cultivos danificados.
A OCAH alerta que uma área de baixa pressão no norte da baía de Bengala levará fortes ventos e mais chuva à região do Ayeyarwady. As inundações e deslizamentos de terra começaram em meados de julho, provocados pela época da monção.
A Asean é um bloco regional que nasceu em 1967 e é integrado por Mianmar, Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Cingapura, Tailândia e Vietnã.
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