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Governador de Táchira afirma que deportações terminaram sem violar direitos

28/08/2015 00h26

Caracas, 27 ago (EFE).- José Vielma Mora, governador do estado venezuelano de Táchira, cuja fronteira com a Colômbia está fechada há oito dias, disse nesta quinta-feira que as deportações de colombianos que moravam de maneira ilegal na região terminaram sem que se tenha produzido "nenhuma violação dos direitos humanos".

Em entrevista ao canal de televisão estatal "VTV", o governador indicou que continuam, no entanto, as ações contra o contrabando e o crime organizado na área.

"Não há nenhuma violação dos direitos humanos, não temos nenhum ferido, falecido, ninguém golpeado, torturado, humilhado. Tudo aconteceu sob o espírito voluntário dos direitos humanos", garantiu.

Por outro lado, Vielma Mora acusou à imprensa colombiana de estar "se aproveitando para enganar o povo e criar toda uma distorção na informação internacional".

Além disso, afirmou que meios de comunicação da Colômbia cruzaram o rio Táchira e chegaram à faixa de segurança da Venezuela para fazer imagens "em uma violação flagrante de nosso território".

A fronteira está fechada desde quinta-feira passada na ponte internacional Simón Bolívar, que liga as cidades de Cúcuta (Colômbia) e San Antonio del Táchira (Venezuela), por ordem do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, como parte de uma campanha contra o contrabando e supostos paramilitares.

Essa medida foi tomada após um ataque de supostos contrabandistas contra militares venezuelanos que deixou três soldados e um civil feridos e foi complementada na sexta-feira passada com a declaração do estado de exceção em seis municípios.

Pelo menos mil colombianos que moravam de forma ilegal - muitos deles há vários anos - na região fronteiriça foram deportados nos últimos dias para Cúcuta, de acordo com dados do Estritório de Migração da Colômbia.

Além disso, outros 4.260 colombianos deixaram a Venezuela por temor de ter o mesmo destino de seus compatriotas, segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).

Maduro garantiu hoje que não abrirá a fronteira com a Colômbia até que se "proíba" nesse país a venda de produtos venezuelanos de contrabando.