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Em meio a dificuldades econômicas, México anuncia que reduzirá de despesas

02/09/2015 17h17

Cidade do México, 2 set (EFE).- O presidente do México, Enrique Peña Nieto, afirmou nesta quarta-feira que não haverá aumento de impostos para enfrentar as dificuldades econômicas do governo, mas o Executivo apertará o cinto para reduzir as despesas.

"Com a redução do faturamento no setor de petróleo não vamos nem aumentar impostos nem dever ao país. Cabe ao governo apertar o cinto, o governo tem que gastar menos e gastar melhor", disse em mensagem aos cidadãos por causa do terceiro relatório de sua gestão.

O líder mexicano prometeu um orçamento austero e "sensível às prioridades" da população para 2016, o que incluirá uma redução da despesa administrativa e operacional a fim de aumentar o investimento.

Terão prioridade os programas de combate à pobreza, segurança pública, recursos para universidades e desenvolvimento científico e tecnológico, assim como os programas de estímulo ao crescimento da economia e projetos de infraestrutura em andamento, detalhou.

Peña Nieto explicou que havia "três opções para enfrentar o falta de recursos públicos" e a "situação complexa exterior", caracterizada por uma "alta volatilidade de mercados financeiros", que está repercutindo na economia mexicana.

A primeira, subir os impostos, que "não será adotada" porque "para criar empregos as famílias e empresas necessitam ter certeza tributária". "Não haverá IVA a remédios nem a alimentos", insistiu o presidente.

A segunda opção seria "dever ao país" e "esta alternativa também não será tomada", já que o "capital internacional está ficando mais caro e menor.

Segundo o presidente, a opção escolhida foi a terceira: fazer um "ajuste preventivo à despesa do governo". Essa reforma teve quatro objetivos que "estão sendo cumpridos", entre eles aumentar a arrecadação tributária, que em 2014 subiu 186 bilhões de pesos (US$ 11,006 bilhões) e no primeiro semestre de 2015 bateu um recorde histórico, 13,6% do produto interno bruto (PIB), 5,2% a mais do que em 2012, apontou.

Além disso, Peña Nieto assinalou que foi possível "despetrolizar" as finanças públicas. No primeiro semestre de 2015, o faturamento com petróleo só representou 18,6% do total, o que "contrasta" com os quase 40% de 2012.