Austrália defende sua política de imigração perante crise de refugiados
Sydney (Austrália), 4 set (EFE).- O primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, defendeu nesta sexta-feira a efetividade de sua política de imigração, que inclui a devolução de embarcações a seus pontos de embarque, perante a crise de refugiados na Europa.
Abbott disse que imagens como a do menino Aylan Kurdi afogado em uma praia na Turquia são "muito tristes e comoventes", mas demonstram a necessidade de reforçar as fronteiras.
"Se querem parar as mortes, se querem parar os afogamentos, têm que deter as embarcações (com refugiados)", disse Abbott à emissora australiana "ABC".
"Enquanto as pessoas pensarem que podem vir e ficar aqui (...) teremos tragédias no mar", acrescentou.
"Felizmente paramos isto na Austrália porque paramos os barcos ilegais, dissemos aos traficantes: 'seu negócio está fechado'", concluiu o dirigente conservador.
A defesa de Abbott de sua política de imigração coincidiu com as críticas do jornal "The New York Times", que em um editorial a classificou como "desumana, de duvidosa legalidade e diretamente contrária com a tradição do país de receber as pessoas que fogem da perseguição e da guerra".
O jornal também criticou a política australiana de trancar os solicitantes de asilo em centros de detenção em terceiros países, contra os quais abundam denúncias pelos abusos sofridos pelos internos.
A isso se une uma carta de vários intelectuais, entre eles o canadense Naomi Klein e o anglo-paquistanês Tariq Ali, na qual pedem à Europa para não imitar a "cruel" política australiana.
"As práticas cruéis da Austrália contra os imigrantes são inaceitáveis e não devem ser exportadas à Europa, onde piorariam a intolerável crise moral", afirma a carta aberta divulgada esta semana em Sydney.
A Austrália recuperou em 2012 uma política para tramitar as solicitações de asilo dos imigrantes que tentam chegar ao país pelo mar em centros de detenção em Papua Nova Guiné e Nauru, apesar das críticas da ONU e de organizações humanitárias.
O governo de Abbott endureceu as medidas contra a imigração ilegal, entre elas as operações da marinha para interceptar e rejeitar em alto-mar as embarcações que tentam alcançar de maneira clandestina o solo australiano.
Muitos destes imigrantes fugiram de conflitos como os do Afeganistão, Darfur, Paquistão, Somália e Síria, e outros que escaparam da discriminação ou da condição de apátridas como as minorias rohingya, de Mianmar, ou Bidun, da região do Golfo.
Abbott disse que imagens como a do menino Aylan Kurdi afogado em uma praia na Turquia são "muito tristes e comoventes", mas demonstram a necessidade de reforçar as fronteiras.
"Se querem parar as mortes, se querem parar os afogamentos, têm que deter as embarcações (com refugiados)", disse Abbott à emissora australiana "ABC".
"Enquanto as pessoas pensarem que podem vir e ficar aqui (...) teremos tragédias no mar", acrescentou.
"Felizmente paramos isto na Austrália porque paramos os barcos ilegais, dissemos aos traficantes: 'seu negócio está fechado'", concluiu o dirigente conservador.
A defesa de Abbott de sua política de imigração coincidiu com as críticas do jornal "The New York Times", que em um editorial a classificou como "desumana, de duvidosa legalidade e diretamente contrária com a tradição do país de receber as pessoas que fogem da perseguição e da guerra".
O jornal também criticou a política australiana de trancar os solicitantes de asilo em centros de detenção em terceiros países, contra os quais abundam denúncias pelos abusos sofridos pelos internos.
A isso se une uma carta de vários intelectuais, entre eles o canadense Naomi Klein e o anglo-paquistanês Tariq Ali, na qual pedem à Europa para não imitar a "cruel" política australiana.
"As práticas cruéis da Austrália contra os imigrantes são inaceitáveis e não devem ser exportadas à Europa, onde piorariam a intolerável crise moral", afirma a carta aberta divulgada esta semana em Sydney.
A Austrália recuperou em 2012 uma política para tramitar as solicitações de asilo dos imigrantes que tentam chegar ao país pelo mar em centros de detenção em Papua Nova Guiné e Nauru, apesar das críticas da ONU e de organizações humanitárias.
O governo de Abbott endureceu as medidas contra a imigração ilegal, entre elas as operações da marinha para interceptar e rejeitar em alto-mar as embarcações que tentam alcançar de maneira clandestina o solo australiano.
Muitos destes imigrantes fugiram de conflitos como os do Afeganistão, Darfur, Paquistão, Somália e Síria, e outros que escaparam da discriminação ou da condição de apátridas como as minorias rohingya, de Mianmar, ou Bidun, da região do Golfo.
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