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Venezuela pedirá indenização para colombianos deslocados pela violência

04/09/2015 01h59

Caracas, 3 set (EFE).- A chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, anunciou nesta quinta-feira que seu governo recorrerá a organismos internacionais para pedir indenizações para os colombianos deslocados pela violência que residem na Venezuela, além de uma indenização para o Estado venezuelano pelo êxodo de colombianos ao país.

"A Venezuela irá a organismos internacionais pedir indenização para colombianos residentes em nosso país deslocados pela violência", afirmou a chanceler em mensagem no Twitter.

Além disso, acrescentou que solicitarão "indenização para o Estado venezuelano pelo êxodo em massa de colombianos que fugiram a nosso país".

Rodríguez publicou ainda uma série de mensagens na mesma rede social em resposta às declarações realizadas hoje pela chanceler colombiana, María Ángela Holguín, nas quais garantiu que a Venezuela não apresentou nenhum documento na reunião que ambos países tiveram em Cartagena para superar a crise fronteiriça.

A chefe da diplomacia venezuelana considerou que as declarações de Holguín são "um compêndio de imprecisões erráticas, falsidades e confissões de Estado apoiando crimes na fronteira".

Em relação às declarações de Holguín de que na Colômbia "há liberdade de expressão", a chanceler venezuelana comentou que o país vizinho "ativou um aparelho comunicacional de guerra contra a Venezuela" e indicou que "isso está proscrito em convênios internacionais".

"Violam pactos internacionais e direitos humanos ao promover o ódio e a guerra contra nosso povo e nosso governo. A chanceler deveria ter conhecimento disso", disse Rodríguez.

Segundo sua opinião, a Venezuela é "vítima de todo tipo de agressão da Colômbia: midiática, financeira, econômica, energética. Mal podem condicionar o diálogo", lamentou.

Mesmo assim, Rodríguez fez um apelo para que aconteça a reunião entre os chefes de Estado dos dois países, o que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, pediu reiteradamente nos últimos dias. EFE

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