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México vai enviar equipes para ajudar Guatemala após deslizamento de terra

03/10/2015 22h19

Cidade da Guatemala, 3 out (EFE).- O México enviará à Guatemala um avião com uma equipe de resgate para ajudar nos trabalhos de busca dos mais de 350 desaparecidos após um deslizamento de terra que arrasou um assentamento próximo à capital e que deixou pelo menos 59 mortos.

O Ministerio das Relações Exteriores da Guatemala informou em uma declaração pública divulgada para a imprensa neste sábado que o contingente chegará ao Comando Aéreo Central (Antiga Força Aérea) por volta das 19h30 (horário local, 22h30 em Brasília).

Esta é a primeira ajuda internacional que o país centro-americano recebe desde que na quinta-feira à noite aconteceu um deslizamento de terra em El Cambray II, do município de Santa Catarina Pinula, a 20 quilômetros da capital.

Até o momento, as autoridades de socorro tinham dito que o país tem capacidades "suficientes" para enfrentar a situação.

Esta tragédia, que também deixou 26 feridos, 170 abrigados e cerca de 2.500 evacuados, aconteceu devido às fortes chuvas dos últimos dias, segundo a estatal Coordenadora Nacional para a Redução de Desastres (Conred).

Amanhã à noite se completam as 72 horas de buscas estabelecidas no protocolo internacional, e embora a decisão de continuar dependa de todas as instituições envolvidas, fontes da Conred disseram à Efe que o mais provável é que ela continue.

A instituição estatal, que declarou na sexta-feira alerta laranja em nível nacional e vermelho em nível municipal, continua tentando tirar de suas casas a população no entorno que poderia estar em perigo por causa de novos deslizamentos, já que, além disso, são previstas mais chuvas.

Fontes da Conred explicaram à Efe que assentamentos como El Cambray II são produto de "invasões" de terrenos por parte de famílias que migram para as periferias da cidade e constroem sem levar em conta parâmetros de prevenção de riscos.

De acordo com a instituição, só na área metropolitana há 232 assentamentos considerados "de risco", por estarem localizados em encostas ou barrancos, e calcula-se que nele vivam cerca de 300 mil pessoas.