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Chega a 131 número de mortos em deslizamento de terra na Guatemala

Na Cidade da Guatemala

04/10/2015 23h00

As autoridades de socorro da Guatemala elevaram neste domingo para 131 o número mortos e mantiveram em cerca de 300 o de desaparecidos após o deslizamento de terra que arrasou com um assentamento próximo à capital, enquanto os trabalhos de busca foram suspensos por segurança.

O desastre, considerado a maior catástrofe natural sofrida no país neste ano, aconteceu na quinta-feira à noite em El Cambray II, do município de Santa Catarina Pinula, a 20 quilômetros da capital guatemalteca.

Segundo números oficiais da Promotoria do país e da estatal Coordenadora Nacional para a Redução de Desastres (Conred), até o momento são 131 os corpos recuperados, embora se espere que o número aumente por causa do grande número de desaparecidos.

A Promotoria assegurou que apenas 69 foram identificados, e a Conred, que trabalha com números menores por seguir os protocolos, afirmou à Agência Efe que pelo menos um terço está sem identificar e que 20 deles são menores de idade.

No meio da tarde, com 112 mortos, 38 tinham sido identificados (26 adultos e 12 menores) e 52 sem identificar (33 adultos e 19 menores de idade).

O número restante, 22, correspondia a restos humanos dos quais as autoridades até o momento não puderam determinar nem o sexo nem a idade.

Este domingo à noite se completam as 72 horas estabelecidas no protocolo internacional para o resgate e busca de vítimas, mas fontes de socorro consultadas pela Efe anteciparam que durante esta segunda-feira os trabalhos continuarão na região do desastre.

Um membro da Conred reconheceu que as esperanças de encontrar mais sobreviventes desta catástrofe são "muito pequenas", mas afirmou que "a esperança é a última coisa a se perder".

Durante o domingo, os trabalhos de resgate começaram às 6h (horário local, 9h em Brasília) e terminaram às 17h30 (20h30) devido às condições meteorológicas, embora as brigadas de socorro não tenham conseguido resgatar nenhuma vítima com vida.

No chamado "marco zero" trabalharam 1.027 pessoas, embora na área do desastre especificamente o acesso foi restrito a cerca de 200 por motivos de segurança, já que as chuvas fazem com que o terreno continue muito frágil e com risco de mais deslizamentos.