Topo

Costa vota confiante e considera que nesta eleição "cada voto é decisivo"

04/10/2015 09h10

Lisboa, 4 out (EFE).- O candidato socialista a primeiro-ministro de Portugal, António Costa, votou neste domingo com "grande confiança" no resultado de seu partido, e afirmou que fazia tempo que não havia eleições em que cada voto fosse tão "decisivo".

"Um dia de eleições nunca é um dia triste", disse Costa, que votou em um colégio eleitoral de Sintra, nos arredores de Lisboa, por volta das 11h (9h em Brasília) acompanhado de sua mulher.

"Fazia tempo que não havia eleições em que cada voto fosse tão decisivo", comentou aos jornalistas, e também encorajou os portugueses a exercerem seu direito ao voto "com senso de responsabilidade".

Apesar de as pesquisas darem ao Partido Socialista cerca 30% dos votos - contra 35% da coalizão conservadora do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, o líder socialista garantiu que enfrenta o pleito com "grande otimismo".

"A campanha eleitoral revelou que os portugueses têm muita vontade de mudar de política e de governo", considerou.

Poucos minutos depois, o secretário-geral dos comunistas, Jerónimo de Sousa, exerceu seu direito ao voto em um colégio eleitoral de Santa Iria da Azoia, também perto de Lisboa, e afirmou que a campanha eleitoral revigorou sua confiança.

"Estas eleições podem determinar muito a vida política nacional dos próximos anos", alertou o líder da coalizão de comunistas e ecologistas, a quem as enquetes dão cerca de 10% dos votos.

Sousa se negou a comentar se depois desta noite poderia ocupar um cargo de ministro em um governo socialista, pergunta que a porta-voz do marxista Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, também não quis responder. Ela votou em Vila Nova de Gaia - perto do Porto - pouco depois das 11h.

"A abstenção não é uma forma de construir soluções", defendeu a líder bloquista, a quem as pesquisas dão 5% dos votos.

Quase 9,7 milhões de portugueses - 240 mil residentes no exterior - estão chamados hoje às urnas para escolher os 230 deputados que comporão a Assembleia da República entre as 16 candidaturas políticas que se apresentam às eleições.