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Netanyahu anuncia medidas punitivas para evitar ataques palestinos

04/10/2015 18h07

Jerusalém, 4 out (EFE).- O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou neste domingo uma série de medidas punitivas destinadas a evitar que palestinos façam ataques como os que tiraram a vida de quatro israelenses desde quinta-feira, como destruições de casas.

O chefe do governo israelense divulgou a decisão depois de liderar uma reunião de quatro horas de duração em caráter de urgência com altos comandantes de segurança, realizada imediatamente após seu retorno dos EUA hoje, segundo informou a imprensa local.

Netanyahu disse ao término do encontro que tinha instruído os organismos de segurança a adotarem "uma série de medidas adicionais, inclusive ordens de demolição de casas de terroristas, ampliar as detenções administrativas de participantes de distúrbios, e proibição a envolvidos em investigações de se aproximarem da Cidade Antiga de Jerusalém e do Monte do Templo", como os judeus chamam a Esplanada das Mesquitas.

O primeiro-ministro israelense se reuniu hoje com o ministro da Defesa, Moshe Yaalon; o de Segurança Pública, Gilad Erdan; o chefe do Exército, Gadi Eisenkot; o diretor de inteligência, Yoram Cohen; e o chefe interino da polícia, Bentzi Sau.

Netanyahu foi atualizado sobre os últimos atos de violência na região, incluindo as mortes de um casal na quinta-feira na Cisjordânia e de dois homens na Cidade Antiga de Jerusalém no sábado, onde três pessoas ficaram feridas.

"Eu gostaria enviar minhas condolências às famílias dos que foram assassinados e desejar uma pronta recuperação aos feridos. Estamos no meio de uma amarga guerra até o final contra o terrorismo palestino", disse o chefe do Executivo israelense ao fim da reunião.

Nesta segunda-feira Netanyahu terá outro encontro com seu gabinete político e de segurança para analisar a intensificação da violência, que iniciou há três semanas e aumentou de forma gradual.

Ao longo da semana, mais de cem palestinos ficaram feridos por fogo ou inalação de gás lacrimogêneo em confrontos com forças israelenses ou ataques de colonos, em diferentes pontos da Cisjordânia e Jerusalém Oriental, segundo fontes do serviço de saúde palestino.

Os distúrbios ocorreram com mais contundência em Jenin, Nablus, Ramala, Hebron, e no campo de refugiados de Al Aida, no distrito cisjordaniano de Belém, e em Isawiya, em Jerusalém Oriental.

Os comandantes de segurança israelenses concordaram na reunião em avaliar a possibilidade de reforçar a presença de policiais e soldados em Jerusalém e Cisjordânia.

Enquanto isso, Netanyahu pediu a ministros e deputados que tenham muita precaução e se contenham em seus comentários públicos para não inflamar os ânimos da população.