Com apoio aéreo dos EUA, tropas afegãs matam 100 talibãs em combates

Cabul, 9 out (EFE).- Pelo menos cem supostos talibãs morreram e outros 50 ficaram feridos em combates com tropas afegãs com apoio aéreo dos Estados Unidos que atacaram os insurgentes em postos fronteiriços do Afeganistão com o Paquistão.

"Centenas de combatentes talibãs, que cruzaram a Linha Durand (fronteira) no início da noite passada do Baluchistão (Paquistão) ao distrito de Shorabak, queriam atacar os postos de segurança fronteiriços" na sulina província de Kandahar, disse à Agência Efe nesta sexta-feira o porta-voz da chefia provincial da polícia, Zia Durani.

O porta-voz acrescentou que "tropas afegãs, apoiadas pelas forças aéreas dos Estados Unidos, lançaram uma operação contra os militantes que durou várias horas, deixando cem mortos e cerca de 50 feridos".

"Tínhamos informações prévias de inteligência de um ataque em massa dos talibãs" com o objetivo de ocupar o distrito fronteiriço com o Paquistão "e tudo estava preparado para o contra-ataque", ressaltou Durani, que garantiu que não houve baixas entre as tropas afegãs nem vítimas civis.

Os ataques a postos de controle com o objetivo de controlar distritos se sucedem desde que os talibãs começaram em abril o que denominam como sua campanha de primavera, durante a qual conseguiram ocupar a cidade de Kunduz, sua conquista militar desde o fim de seu regime em 2001 após a invasão americana.

A cidade foi recuperada dias depois por tropas afegãs com apoio aéreo dos Estados Unidos, mas um dos bombardeios deixou 22 mortos e 37 feridos no hospital da organização humanitária Médicos Sem Fronteiras, o que motivou um pedido de desculpas do presidente americano, Barack Obama.

O presidente dos Estados Unidos está considerando não retirar-se do Afeganistão em 2017 e manter 5.000 dos 9.800 militares que estão no país asiático.