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Mais 2 palestinos morrem por disparos de soldados e policiais israelenses

10/10/2015 07h00

Jerusalém/Gaza, 10 out (EFE).- Dois jovens palestinos morreram nas últimas horas deste sábado na Faixa de Gaza e na Cisjordânia por disparos de soldados e policiais israelenses, o que eleva para 16 o número de palestinos mortos e para mil o de feridos, enquanto quatro israelenses morreram e dez foram feridos em uma série de ataques com facas.

De acordo com informações de fontes médicas e policiais, a onda de violência que assola a região nos últimos dez dias resultou na morte do jovem identificado como Jihad Salim al-Ubeid, de 22 anos, em Gaza, que morreu após ser atingido por disparos de militares israelenses na cidade de Deir el Balah.

Segundo a versão militar israelense, Ubeid participou ontem em um dos protestos palestinos junto ao muro que separa a Faixa de Gaza de Israel, onde os soldados israelenses abriram fogo contra os manifestantes, que se aproximaram "para atirar pedras e coquetéis molotov".

Na apuração das vítimas dos incidentes na Faixa de Gaza, pelo menos sete pessoas morreram e cerca de 150 sofreram ferimentos nos enfrentamentos. Entre os feridos, nove estão em estado crítico, informou o porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, Ashraf Al Qidra.

Durante a madrugada, morreu em um hospital de Jerusalém um jovem palestino de 24 anos, identificado como Ahmad Salah, que foi alvejado por policiais israelenses ontem à noite em um protesto no campo de refugiados de Shuafat.

Segundo a versão policial israelense, "durante os distúrbios, um grupo de terroristas se aproximou das forças (israelenses), um deles disparou com munição real contra efetivos da guarda de fronteiras, que responderam com fogo, neutralizando um terrorista".

O suposto agressor foi atendido por uma unidade da Estrela de Davi Vermelha (equivalente à Cruz Vermelha) que o transferiu para um hospital da cidade, onde não resistiu e morreu horas depois, segundo a polícia israelense.

Um porta-voz do movimento Fatah no campo de refugiados, Thaer al Fasfous, confirmou para a agência "Ma'an" que "os violentos enfrentamentos se retomaram na passagem de controle do campo, durante os quais as forças de ocupação abriram fogo real de uma posição muito perto contra os jovens".