Promotor do caso López afirma que fugiu da Venezuela por pressões do governo
Caracas, 23 out (EFE).- O promotor Franklin Nieves, um dos que participaram do julgamento em que o opositor venezuelano, Leopoldo López, foi condenado, garantiu nesta sexta-feira em uma gravação de vídeo divulgada por um meio local que deixou o país devido às pressões do governo da Venezuela para que formulasse acusações "falsas" contra o político.
"Decidi sair da Venezuela com minha família em virtude da pressão que o Executivo Nacional e meus superiores hierárquicos estavam exercendo para que eu continuasse defendendo as provas falsas com as quais se condenou o cidadão Leopoldo López", afirmou o promotor em um vídeo divulgado pelo site de informação venezuelano "La Patilla", que garantiu que a gravação é autêntica.
Segundo o promotor, essa instrução para que "continuasse defendendo as provas falsas" contra López "deveria ser feita com a contestação da apelação e argumentando em defesa da condenação que lhe foi proferida pela juíza responsável pelo caso".
No vídeo, Nieves também exortou juízes e promotores a "dizerem a verdade" apesar das pressões que, segundo ele, recebem de seus superiores, que os ameaçam "com a exoneração, com prisão, e uma série de argumentos absurdos que sempre são impostos para nos ameaçar e para que possamos realizar o capricho de todas essas pessoas".
"Meus amigos juízes, meus companheiros promotores, eu lhes convido a dizer a verdade, como eu neste momento quero fazer o certo, perder o medo e dizer a verdade, quero que sejam valentes, que levantem suas vozes e manifestem seu descontentamento com a pressão exercida por nossos superiores e suas ameaças", disse Nieves na gravação, que dura quase quatro minutos.
O promotor afirmou que nos próximos dias irá revelar "toda a verdade do que aconteceu" no julgamento de López e responsabilizou de antemão o governo de Nicolás Maduro e seus superiores por qualquer coisa que possa acontecer consigo mesmo e com sua família.
Após a divulgação do vídeo, o advogado responsável pela defesa de López, Juan Carlos Gutiérrez, se pronunciou no Twitter e declarou que as palavras de Nieves são uma evidência da "ilegalidade da condenação" de seu cliente.
López foi sentenciado a 13 anos, nove meses, sete dias e 12 horas de prisão por sua suposta responsabilidade na violência gerada durante uma manifestação antigovernamental no início de fevereiro de 2014, após um processo que durou mais de um ano.
"Decidi sair da Venezuela com minha família em virtude da pressão que o Executivo Nacional e meus superiores hierárquicos estavam exercendo para que eu continuasse defendendo as provas falsas com as quais se condenou o cidadão Leopoldo López", afirmou o promotor em um vídeo divulgado pelo site de informação venezuelano "La Patilla", que garantiu que a gravação é autêntica.
Segundo o promotor, essa instrução para que "continuasse defendendo as provas falsas" contra López "deveria ser feita com a contestação da apelação e argumentando em defesa da condenação que lhe foi proferida pela juíza responsável pelo caso".
No vídeo, Nieves também exortou juízes e promotores a "dizerem a verdade" apesar das pressões que, segundo ele, recebem de seus superiores, que os ameaçam "com a exoneração, com prisão, e uma série de argumentos absurdos que sempre são impostos para nos ameaçar e para que possamos realizar o capricho de todas essas pessoas".
"Meus amigos juízes, meus companheiros promotores, eu lhes convido a dizer a verdade, como eu neste momento quero fazer o certo, perder o medo e dizer a verdade, quero que sejam valentes, que levantem suas vozes e manifestem seu descontentamento com a pressão exercida por nossos superiores e suas ameaças", disse Nieves na gravação, que dura quase quatro minutos.
O promotor afirmou que nos próximos dias irá revelar "toda a verdade do que aconteceu" no julgamento de López e responsabilizou de antemão o governo de Nicolás Maduro e seus superiores por qualquer coisa que possa acontecer consigo mesmo e com sua família.
Após a divulgação do vídeo, o advogado responsável pela defesa de López, Juan Carlos Gutiérrez, se pronunciou no Twitter e declarou que as palavras de Nieves são uma evidência da "ilegalidade da condenação" de seu cliente.
López foi sentenciado a 13 anos, nove meses, sete dias e 12 horas de prisão por sua suposta responsabilidade na violência gerada durante uma manifestação antigovernamental no início de fevereiro de 2014, após um processo que durou mais de um ano.
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