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EUA lançam ataque na Síria contra o terrorista britânico "Jihadi John"

"Jihadi John" apareceu nos vídeos do EI que mostravam execuções de reféns - AP - 3.out.2014
"Jihadi John" apareceu nos vídeos do EI que mostravam execuções de reféns Imagem: AP - 3.out.2014

Em Washington

13/11/2015 02h58

Os Estados Unidos teriam matado em um ataque com drones na Síria nesta sexta-feira (13) o britânico Mohammed Emwazi, conhecido como "Jihadi John", que apareceu em vários vídeos de decapitações do Estado Islâmico (EI), informou o Departamento de Defesa dos EUA.

Segundo fontes ouvidas pelos meios britânicos BBC e "Guardian", há "um alto grau de certeza" de que Emwazi morreu no ataque. 

Em comunicado, o porta-voz do Departamento de Defesa, Peter Cook, informou sobre a operação, que aconteceu nas cercanias da cidade de Al Raqqa, no norte da Síria.

"Jihadi John" apareceu nos vídeos do EI que mostravam os assassinatos dos jornalistas americanos Steven Sotloff e James Foley, do voluntário americano Abdul-Rahman Kassig, dos voluntários britânicos David Haines e Alan Henning, e do jornalista japonês Kenji Goto.

"As Forças Armadas dos EUA realizaram um ataque aéreo em Al Raqqa (Síria) em 12 de novembro de 2015 que teve como alvo Mohammed Emwazi, também conhecido como Jihadi John", disse Cook.

De acordo com essa fonte, Emwazi teria sido atacado em Al Raqqa no momento em que deixava um edifício e entrava em um veículo.

"Jihadi John" nasceu no Kuwait em 1988 e apareceu nos vídeos do EI que mostravam os assassinatos dos jornalistas americanos Steven Sotloff e James Foley, do voluntário americano Abdul-Rahman Kassig, dos voluntários britânicos David Haines e Alan Henning, e do jornalista japonês Kenji Goto.

Ele chamou a atenção do serviço secreto britânico em agosto de 2014, quando o EI divulgou um vídeo no qual aparecia encapuzado e decapitando James Foley, sobretudo, por seu forte sotaque londrino.

No Reino Unido, Emwazi estudou em um colégio secundário do norte de Londres e depois cursou informática na Universidade de Westminster, na capital britânica.

Aparentemente, o terrorista deixou o Reino Unido em 2013 para viajar à Síria e se juntar ao EI.