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Grupo vinculado ao EI divulga vídeo com decapitação de um pastor tunisiano

Em Túnis (Tunísia)

23/11/2015 07h52

O grupo jihadista Jund al-Khilafah (Exército do Califado), ligado ao Estado Islâmico (EI), divulgou um vídeo em que mostra a decapitação de um pastor no sul da Tunísia, acusado de colaborar com o Exército do país.

Na gravação divulgada na noite de domingo (22), o grupo reivindica o assassinato há uma semana de Mabruk Sultani, de 16 anos, e alerta a população tunisiana que esse será o destino de todos aqueles que colaborarem com a Guarda Nacional no combate aos terroristas na região montanhosa que faz fronteira com a Argélia.

As imagens mostram Sultani ajoelhado e com as mãos algemadas nas costas, enquanto é interpelado por um grupo de homens que insistem para ele admitir que atuava como espião do Exército da Tunísia.

"Esse é o destino de todos aqueles que se somam aos tiranos na Tunísia contra os soldados do Califado", afirma o vídeo, que é concluído com a decapitação de Sultani.

Segundo o relato oficial das autoridades, após a decapitação, os jihadistas entregaram a cabeça ao primo da vítima, de 14 anos, que estava com ele nas montanhas de Mghila. E ordenaram que ele a levasse de volta como um aviso aos moradores.

O corpo mutilado de Sultani foi encontrado um dia depois em uma área montanhosa da região de Kaserine usada desde 2011 como refúgio pelos jihadistas tunisianos e área de treinamento para radicais provenientes de todos os pontos do Sahel, que depois partem para combater pelo EI na Síria e na Líbia.

Em março e junho deste ano, os jihadistas tunisianos perpetraram dois atentados que causaram a morte de 60 turistas estrangeiros no museu Bardo, na capital do país, e em um hotel na praia da cidade litorânea Sousse.