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Ateus do Quênia pedem na Justiça anulação de feriado pela visita do papa

Em imagem de arquivo, papa Francisco faz oração no Vaticano - Gregorio Borgia/AP Photo
Em imagem de arquivo, papa Francisco faz oração no Vaticano Imagem: Gregorio Borgia/AP Photo

Em Nairóbi (Quênia)

25/11/2015 09h43

A associação Ateus no Quênia pediu nesta quarta-feira (25) a anulação judicial do feriado nacional decretado para amanhã por causa da visita do papa Francisco a Nairóbi.

O processo, apresentado na manhã de hoje na Corte Suprema, alega que o feriado não programado prejudica a economia e desrespeita os artigos 8º, 9º e 32º da Constituição do país.

O presidente da associação, Henry Mumia, afirmou que o feriado viola a separação entre Estado e Igreja estabelecida na Constituição e que o governo ignorou o fato de o Quênia ser um país laico.

"Nem todos os quenianos são católicos e não devem estar sujeitos a um feriado nacional que reconhece a visita de um líder de uma denominação cristã", criticou Mumia ao jornal "The Star".

O ministro do Interior, Joseph Nkaissery, publicou ontem um decreto especial instituindo a quinta-feira como feriado, dia em que o papa Francisco celebrará uma grande missa no centro de Nairóbi, capital do país.

O pontífice iniciou hoje uma grande e arriscada viagem pela África para divulgar uma mensagem de paz e reconciliação aos países afetados pela violência armada e a deterioração dos direitos humanos, como Quênia, Uganda e República Centro-Africana.

Francisco chega na tarde de hoje a Nairóbi, em meio a reforçadas medidas de segurança e grande esperança dos quenianos.