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Político oposicionista é morto a tiros durante comício na Venezuela

Em Caracas

26/11/2015 01h23

Um político opositor venezuelano foi assassinado nesta quarta-feira (25) por um disparo durante um evento de campanha no qual também participava Lilian Tintori, mulher de Leopoldo López, líder do partido Vontade Popular (VP), em Altagracia de Orituco, no centro da Venezuela, segundo fontes do partido.

O jovem identificado como Luis Manuel Díaz, secretário-geral do partido Ação Democrática (AD) em Altagracia de Orituco, foi assassinado por volta das 19h30 locais (22h de Brasília) "por disparo (de) arma de fogo", informou o secretário-geral do AD, Henry Ramos Allup, através do Twitter.

Ramos garantiu que os disparos foram feitos de um veículo "por grupos armados" que, segundo ele, fazem parte do governante Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), mas ainda não há informações das autoridades sobre esse incidente.

O secretário-geral do AD comentou em outra mensagem no Twitter que a violência por parte de "grupos armados e bandos" do PSUV contra militantes, candidatos e eventos de campanha de opositores está "aumentando".

O incidente ocorreu durante um comício de campanha da aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) em Altagracia de Orituco, no estado de Guarico, no qual participavam os candidatos da coligação opositora acompanhados de Lilian Tintori, esposa de López, líder opositor condenado a quase 14 anos de prisão.

A oposição denunciou durante os últimos dias pelo menos três ataques durante os eventos de campanha dos candidatos às eleições legislativas e líderes da MUD, vários deles com armas de fogo.

No último domingo, o candidato opositor Miguel Pizarro denunciou que um grupo de encapuzados que, segundo ele, vestiam uma indumentária com referências ao chavismo, atiraram para o alto com armas de fogo para impedir a passagem da caravana opositora que fazia campanha eleitoral em um setor popular no leste de Caracas.

Henrique Capriles, ex-candidato presidencial e governador do estado de Miranda, denunciou há duas semanas um ataque contra ele na cidade de Yare cometido por um grupo de pessoas lideradas pelo prefeito dessa cidade, o chavista Saúl Yánez.

Segundo Capriles, o prefeito governista e um grupo "minúsculo" o recebeu com "pistola em punho e atirando" para impedir sua entrada na cidade que faz parte do estado de Miranda.

O chavismo desprezou essas denúncias e negou sua responsabilidade nesses ataques.