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Papa critica "interesses" por trás de guerras: "não são de Deus"

Gianluigi Guercia/AFP
Imagem: Gianluigi Guercia/AFP

Na Cidade do Vaticano

30/11/2015 18h40

O papa Francisco criticou nesta segunda-feira (30) a "rede de interesses" que se esconde por trás dos conflitos bélicos, provocados na sua opinião pelo "dinheiro ou o poder", e ressaltou que "as guerras não são de Deus".

"As guerras vêm da ambição. Não falo daquelas feitas para se defender justamente de uma injusta agressão. As guerras são uma indústria", disse o papa durante o voo no qual retornou de visita à África, informou o jornal "La Stampa".

"Na história, vimos muitas vezes que um país com as contas que estão mal decide fazer uma guerra e regula sua economia. A guerra é um negócio", opinou.

Em relação aos terroristas, o pontífice perguntou se são eles que fabricam suas armas e perguntou quem as faz.

"Há toda uma rede de interesses por traz da qual está o dinheiro ou o poder. Há anos assistimos a uma guerra mundial por capítulos, e cada vez os episódios são maiores", advertiu.

Francisco disse desconhecer a opinião do Vaticano a este respeito mas opinou que, sob seu ponto de vista, "as guerras são um pecado que destroem a humanidade, são a causa de abusos e do tráfico de pessoas".

"Elas devem acabar. Nas Nações Unidas, disse isto em duas ocasiões, tanto em Nova York como no Quênia: que vosso trabalho não seja um nominalismo declamatório", ressaltou.