EI reivindica autoria de atentado que matou governador de Áden no Iêmen
O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) reivindicou neste domingo (6) em comunicado divulgado na internet a autoria do atentado cometido poucas horas antes contra o governador da província iemenita de Áden, Jaafar Mohammed Saad, no qual morreram o político e cinco seguranças.
"Com a ajuda de Alá e em uma operação de segurança planejada com precisão aconteceu o assassinato do apóstata e cabeça dos infiéis, Jaafar Mohammed Saad, e oito de seus carrascos", diz a nota, divulgada em redes sociais.
Além disso, o EI ameaçou em sua mensagem cometer mais assassinatos de líderes do governo iemenita.
"Prometemos aos líderes infiéis no Iêmen pela fé e a sabedoria (realizar) operações que cortarão suas podres cabeças, e com a permissão de Alá não terão uma boa-vida enquanto nossos olhos enxergarem", acrescentou o comunicado.
O governador de Áden, Jaafar Mohammed Saad, morreu hoje junto com cinco de seus guarda-costas em um atentado com carro-bomba. O veículo explodiu em uma rua próxima à sede da IV Zona Militar durante a passagem do automóvel no qual o governador seguia de casa para o trabalho.
Várias testemunhas disseram à Efe que a explosão deixou totalmente destruído o veículo e causou um enorme buraco na pista.
Também em Áden, no sábado, vários homens assassinaram a tiros o presidente de um tribunal especializado em casos de terrorismo e na organização Al Qaeda, quando se deslocava de carro.
Estes dois ataques confirmam a piora da segurança em Áden, cidade escolhida como sede provisória do governo iemenita desde a fuga do presidente Abdo Rabbo Mansour Hadi da capital Sana em fevereiro.
Com este tipo de atentados, os grupos terroristas Al Qaeda e EI estão aproveitando o atual conflito no Iêmen para semear ainda mais caos e assumir o controle de mais partes do país.
O enviado especial da ONU para o Iêmen, Ismail Ould Sheikh Ahmed, se reuniu no sábado em Áden com Hadi para promover novas conversas de paz entre o governo e os rebeldes houthis.
O Iêmen é palco de um conflito entre os rebeldes houthis e as forças fiéis ao presidente Hadi, que desde março conta com o apoio de uma aliança militar liderada pela Arábia Saudita.
As últimas conversas de paz, realizadas em junho em Genebra (Suíça), acabaram sem resultados, e as tréguas humanitárias estipuladas até o momento sempre foram violadas.
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