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Socialistas espanhóis rejeitam apoiar a Rajoy e apostam por novo governo

O líder do Partido Socialista Espanhol, Pedro Sánchez, dá entrevista em Madri, na Espanha - Pedro Armestre/AFP
O líder do Partido Socialista Espanhol, Pedro Sánchez, dá entrevista em Madri, na Espanha Imagem: Pedro Armestre/AFP

Em Madri

23/12/2015 13h17

O líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), Pedro Sánchez, ratificou nesta quarta-feira ao presidente interino do país, Mariano Rajoy, sua decisão de não apoiar sua posse e garantiu que sua legenda vai explorar "todas as opções" para que a Espanha conte com um governo de transição sem a necessidade de convocar novas eleições.

Sánchez pronunciou-se assim em entrevista coletiva posterior ao encontro com Rajoy, que começou hoje a rodada de contatos para tentar conseguir um pacto e formar um novo governo.

Os socialistas espanhóis acreditam que as urnas puniram o governista Partido Popular (PP) e apostaram em forças progressistas, e portanto o novo governo deve refletir essa mudança.

"Frente àqueles que traçam linhas vermelhas, nós vamos construir pontes", disse Sánchez, reiterando sua posição de que, por enquanto, é o PP que deve tentar formar um governo e "sem atalhos".

Sánchez acredita que o novo Congresso deve refletir a "pluralidade" das urnas e, por isso, solicitou hoje a Rajoy que um socialista presida a câmara. A definição do líder da Casa vai acontecer na primeira sessão de 2016, em 13 de janeiro.

Rajoy declarou, por sua vez, que a atitude de Sánchez na reunião de hoje impediu que fossem falados assuntos que ele acredita que realmente interessem aos espanhóis.

O presidente interino continuará na segunda-feira a rodada de contatos com o objetivo de conseguir um pacto de governo com os representantes dos dois partidos emergentes que entraram com força no Congresso, Podemos e Ciudadanos, terceira e quarta legendas mais votadas nas eleições do último domingo.