Anistia Internacional condena execução de clérigo xiita na Arábia Saudita
Cairo, 3 jan (EFE).- A Anistia Internacional (AI) condenou em comunicado a execução de 47 pessoas na Arábia Saudita, entre elas o clérigo xiita opositor Nimr Baqir al Nimr, por consideram que tentam "achatar" a dissidência e "ajustar contas".
"O assassinato do xeque Al Nimr sugere que as autoridades da Arábia Saudita estão empregando a pena de morte em nome do antiterrorismo para ajustar contas e achatar os dissidentes", denunciou na nota o diretor da organização para o Oriente Médio e o Norte da África, Philip Luther.
Os 47 executados ontem - 45 sauditas, um egípcio e um chadiano - foram acusados de terrorismo e entre eles havia sunitas radicais e alguns destacados membros da rede terrorista Al Qaeda, mas também quatro ativistas xiitas.
A AI destaca a presença do clérigo e outras três figuras xiitas entre os sentenciados, assim como a condenação de Al Nimr em um julgamento "político" e "extremamente injusto" em uma corte especial do reino saudita.
"Efetuar estas sentenças de morte quando há sérias dúvidas a respeito da legitimidade do julgamento é uma justiça monstruosa e irreversível", ressaltou Luther.
A pena capital contra Al Nimr foi confirmada em outubro do ano passado pela Corte Suprema da Arábia Saudita, que lhe culpou de desobedecer às autoridades e instigar a violência sectária, após ter sido detido em 2012 por apoiar os protestos contra o governo em Al Qatif, no leste do país e de maioria xiita.
Além disso, a AI lembrou que o sobrinho do clérigo, Ali Mohammed al Nimr, e outros dois jovens xiitas, detidos em 2012 quando eram menores de idade e condenados a morte posteriormente, correm o risco de serem executados de forma iminente.
A organização pediu a Riad que detenha a "onda de execuções", depois que tenha documentado 151 entre janeiro e novembro de 2015, o número mais elevado desde 1995.
As execuções em massa de ontem, foram realizadas de forma simultânea, em 12 regiões do país, por meio de decapitações por sabre e fuzilamentos.
"O assassinato do xeque Al Nimr sugere que as autoridades da Arábia Saudita estão empregando a pena de morte em nome do antiterrorismo para ajustar contas e achatar os dissidentes", denunciou na nota o diretor da organização para o Oriente Médio e o Norte da África, Philip Luther.
Os 47 executados ontem - 45 sauditas, um egípcio e um chadiano - foram acusados de terrorismo e entre eles havia sunitas radicais e alguns destacados membros da rede terrorista Al Qaeda, mas também quatro ativistas xiitas.
A AI destaca a presença do clérigo e outras três figuras xiitas entre os sentenciados, assim como a condenação de Al Nimr em um julgamento "político" e "extremamente injusto" em uma corte especial do reino saudita.
"Efetuar estas sentenças de morte quando há sérias dúvidas a respeito da legitimidade do julgamento é uma justiça monstruosa e irreversível", ressaltou Luther.
A pena capital contra Al Nimr foi confirmada em outubro do ano passado pela Corte Suprema da Arábia Saudita, que lhe culpou de desobedecer às autoridades e instigar a violência sectária, após ter sido detido em 2012 por apoiar os protestos contra o governo em Al Qatif, no leste do país e de maioria xiita.
Além disso, a AI lembrou que o sobrinho do clérigo, Ali Mohammed al Nimr, e outros dois jovens xiitas, detidos em 2012 quando eram menores de idade e condenados a morte posteriormente, correm o risco de serem executados de forma iminente.
A organização pediu a Riad que detenha a "onda de execuções", depois que tenha documentado 151 entre janeiro e novembro de 2015, o número mais elevado desde 1995.
As execuções em massa de ontem, foram realizadas de forma simultânea, em 12 regiões do país, por meio de decapitações por sabre e fuzilamentos.
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