Irã proíbe importação de qualquer produto da Arábia Saudita
O governo iraniano proibiu nesta quinta-feira a importação de qualquer produto fabricado na Arábia Saudita e toda exportação procedente desse país, e reiterou que a peregrinação "menor" a Meca, a "Umra", continuará suspensa.
Em uma sessão urgente do Conselho de Ministros do Irã, liderada pelo presidente Hassan Rohani, o governo aprovou a proibição sobre a importação de mercadorias em "todos os portos do país, incluídas as zonas francas e zonas econômicas especiais", informou a agência oficial iraniana de notícias "Irna".
O Conselho de Ministros ressaltou que seguirá proibida a peregrinação "menor", que é recomendada mas não obrigatória pelo Corão, na qual centenas de milhares de peregrinos iranianos vão à Arábia Saudita a cada ano.
Dita peregrinação ficou proibida em abril de 2015, após as denúncias de abusos sexuais a dois menores iranianos por policiais sauditas.
A suspensão não afetará a peregrinação "maior", que é de obrigatório cumprimento para qualquer muçulmano uma vez na vida.
Esta é uma das primeiras reações de Teerã, depois da ruptura de laços da Arábia Saudita com o Irã em 3 de janeiro.
O Irã, além de condenar, ainda não tomou nenhuma medida prática em resposta ao ataque com mísseis hoje a sua embaixada no Iêmen.
As autoridades sauditas executaram em 2 de janeiro o clérigo xiita, Nimr Baquir al Nimr, ação que foi seguida pelos protestos de grupos xiitas em vários países muçulmanos e no Irã um grupo de manifestantes incontrolados atacaram e queimaram duas legações diplomáticas do reino saudita.
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