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Guarda Revolucionária do Irã confirma que 2 navios dos EUA estão sob custódia

13/01/2016 04h57

Teerã, 13 jan (EFE).- A Guarda Revolucionária do Irã confirmou nesta quarta-feira que mantém dois navios de guerra dos Estados Unidos e sua tripulação sob custódia depois que os mesmos entraram ilegalmente em águas territoriais de seu país.

O departamento de Relações Públicas do Guarda Revolucionária, responsável por monitorar as águas territoriais iranianas no Golfo Pérsico, confirmou a detenção das embarcações em comunicado, no qual se limitou a assinalar que a mesma aconteceu em território iraniano.

A Guarda Revolucionária não especificou em sua nota a situação dos tripulantes nem comentou sobre sua possível libertação.

Fontes do Pentágono informaram ontem à noite à Agência Efe que dois navios da marinha americana que se deslocavam pelo Golfo Pérsico foram detidos pelo Irã e que dez tripulantes foram capturados "momentaneamente".

"Hoje perdemos contato com duas embarcações americanas que faziam a rota entre o Kuwait e o Bahrein", explicou a fonte.

"Fizemos contato com as autoridades iranianas, que nos garantiram a segurança e a proteção de nosso pessoal. Recebemos garantias de que os tripulantes serão libertados imediatamente para seguir seu caminho", assinalou a fonte.

Segundo a emissora "CNN", o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, ligou para o ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif, que lhe garantiu a libertação dos soldados americanos.

Em uma entrevista ao mesmo canal, o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, assegurou que o governo americano recebeu garantias de que os tripulantes de ambas as embarcações, que aparentemente entraram em águas territoriais iranianas, poderão seguir seu caminho.

As águas do Golfo Pérsico, especialmente no Estreito de Ormuz, estão entre as mais transitadas do mundo e obrigam a passagem por corredores bem definidos de navios de transporte e embarcações militares de nações rivais.

Os Estados Unidos têm no emirado do Catar e no Kuwait importantes bases militares e centros de operações.

Recentemente, o Pentágono se queixou pelas provocações iranianas na região, como o lançamento de um foguete no final de dezembro próximo do porta-aviões americano "USS Harry S. Truman".