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Coreia do Norte homenageia cientistas de teste nuclear com desfile

14.jan.2016 - O líder norte-coreano, Kim Jong-un, participa de cerimônia para congratular cientistas nucleares, soldadores, técnicos e vários funcionários pelo último teste nuclear do país, em Pyongyang - Reuters/KNCA
14.jan.2016 - O líder norte-coreano, Kim Jong-un, participa de cerimônia para congratular cientistas nucleares, soldadores, técnicos e vários funcionários pelo último teste nuclear do país, em Pyongyang Imagem: Reuters/KNCA

Em Seul

14/01/2016 04h25

A Coreia do Norte comemorou seu último teste nuclear com um desfile que contou com a participação dos cientistas e oficiais envolvidos no experimento e que foi presenciado por cerca de 100 mil pessoas na capital Pyongyang, publicaram nesta quinta-feira veículos oficiais da imprensa norte-coreana.

Uma caravana de veículos com os responsáveis pelo teste nuclear percorreu as ruas da capital da Coreia do Norte, adornada com flores decorativas para a ocasião, onde receberam o apoio entusiástico dos presentes, informou a rádio pública norte-coreana citada pela agência sul-coreana de notícias "Yonhap".

Os meios norte-coreanos não especificaram a data em que aconteceu o desfile, mas a agência estatal de notícias "KCNA" destacou que os técnicos que contribuíram para a realização do teste nuclear permaneceram em Pyongyang entre os dias 8 e 13 de janeiro.

Na terça-feira passada, os cientistas se reuniram com o líder de norte-coreano, Kim Jong-un, que quer aumentar a capacidade nuclear do país.

No evento, Kim enalteceu o "sucesso" do teste nuclear e anunciou que seu objetivo é "proteger honrosamente o país da sempre crescente ameaça nuclear, da chantagem e da pressão militar" dos Estados Unidos.

O regime norte-coreano garantiu que detonou no dia 6 de janeiro uma bomba de hidrogênio pela primeira vez em sua história, mas a maioria dos especialistas considera essa afirmação exagerada e duvida que o país tenha desenvolvido a tecnologia de fusão termonuclear.

O teste nuclear de Pyongyang voltou a aumentar a tensão na península coreana e gerou uma contundente rejeição internacional.

O Conselho de Segurança de Nações Unidas deve se reunir nas próximas semanas para discutir se serão impostas novas sanções ao país.