Topo

EUA e União Europeia suspedem sanções contra Irã após acordo nuclear

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, encontra-se com o ministro do Exterior do Irã, Mohammad Javad Zarif, em Viena - Kevin Lamarque/AP
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, encontra-se com o ministro do Exterior do Irã, Mohammad Javad Zarif, em Viena Imagem: Kevin Lamarque/AP

Em Washington

16/01/2016 19h54

O governo dos Estados Unidos e a União Europeia confirmaram neste sábado a suspensão de suas sanções contra o Irã depois que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) verificou que esse país cumpriu as exigências para aplicar o acordo nuclear pactuado em julho do ano passado.

"Eu confirmo que a Agência Internacional de Energia Atômica verificou que o Irã implementou completamente seus compromissos requeridos", afirmou o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, em um breve comunicado emitido pelo Departamento de Estado.

"Os compromissos relacionados com as sanções dos Estados Unidos (...) estão agora vigentes", acrescentou Kerry ao referir-se à suspensão de sanções ao Irã por parte dos Estados Unidos.

O secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou neste sábado em Viena que finalmente chegou o chamado "dia de implementação" do histórico acordo nuclear com o Irã, "o que torna o Oriente Médio mais seguro, já que se reduziu o perigo de uma bomba nuclear" desse país.

O tratado nuclear multilateral de Viena prevê limitar vários aspectos do programa nuclear iraniano durante períodos de entre 10 e 25 anos, em troca de suspender as medidas punitivas.

A responsável de política externa da União Europeia (UE), Federica Mogherini, também confirmou que o acordo nuclear multilateral com o Irã foi implementado este sábado e, com isso, estão suspensas todas as sanções nucleares que pesavam sobre a República Islâmica.

As potências internacionais e o Irã mantiveram hoje intensos contatos diplomáticos em Viena para preparar o anúncio.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohamad Javad Zarif, se reuniu com Kerry e com Mogherini, que negocia em nome do chamado Grupo 5+1 (Estados Unidos, França, China, Reino Unido, Rússia e Alemanha).