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Americanos libertados pelo Irã chegam à base dos EUA na Alemanha

17/01/2016 20h49

Washington, 17 jan (EFE).- Três dos quatro cidadãos irano-americanos libertados pelo Irã chegaram neste domingo a uma base militar dos Estados Unidos na Alemanha após fazer uma breve escala na Suíça, confirmaram fontes da Casa Branca à emissora "CNN".

O avião, que aterrissou na base aérea de Ramstein (sudoeste da Alemanha), levava o repórter do jornal "Washington Post", Jason Rezaian, o ex-militar Amir Hekmati e o pastor cristão Saeed Abedini.

A expectativa é que os ex-prisioneiros sejam levados ao Centro Médico Regional de Landstuhl, um hospital militar americano, para submeter-se a uma análise de seu estado de saúde, indicou a "CNN".

O diretor do "Post", Marty Baron, se deslocou à Alemanha para receber Rezaian, e publicou em sua conta no Twitter uma foto sua junto - entre outros - com a mãe do jornalista libertado, Mary Rezaian; sua esposa, Yeganeh Salehi, e seu irmão, Ali Rezaian.

Os três libertados chegaram à Alemanha após fazer uma parada no aeroporto da cidade suíça de Genebra.

Brett McGurk, enviado especial do presidente dos EUA, Barack Obama, para a Coalizão contra o Estado Islâmico (EI), publicou no Twitter uma fotografia na qual aparece o repórter libertado, agasalhado, com um gorro e aparentemente em bom estado de saúde.

A Suíça atuou como intermediária em negociações confidenciais que se prolongaram durante 14 meses, após as quais o país mediador, os Estados Unidos e o Irã estabeleceram as condições da libertação.

O empresário Nosratollah Khosravi-Roodsari, que também foi libertado pelas autoridades iranianas, não embarcou no avião com os demais, mas as autoridades americanas não revelaram o motivo.

Os libertados fazem parte da troca de presos anunciada neste sábado por EUA e Irã.

A troca aconteceu antes que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmasse ontem que o Irã cumpriu as exigências para aplicar o histórico acordo nuclear pactuado em julho do ano passado em Viena e, dessa maneira, suspender as sanções internacionais contra esse país.

Os EUA confirmaram que ofereceram "clemência" a sete iranianos - seis deles com dupla nacionalidade irano-americana - condenados ou pendentes de julgamento no país, em troca da libertação dos quatro prisioneiros.

Os EUA também informaram que retiraram as acusações formuladas contra 14 cidadãos iranianos, que agora deixarão de ser perseguidos pela Interpol a pedido das autoridades americanas.

O presidente Obama defendeu hoje o recém-aplicado acordo internacional com o Irã para a suspensão de seu programa nuclear e disse que, com ele, "Estados Unidos, a região e o mundo estarão mais seguros".