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Obama defende acordo nuclear com Irã e afirma que o mundo estará mais seguro

17.jan.2016 - Presidente Barack Obama fala sobre o fim das sanções norte-americanas ao Irã após acordo nuclear.  - Saul Loeb/AFP
17.jan.2016 - Presidente Barack Obama fala sobre o fim das sanções norte-americanas ao Irã após acordo nuclear. Imagem: Saul Loeb/AFP

Em Washington

17/01/2016 15h54

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu neste domingo a entrada em vigor do histórico acordo nuclear com o Irã, que permitiu suspender as sanções internacionais contra esse país e disse que, com ele, "a região e o mundo estarão mais seguros".

"Ontem se alcançou um marco para prevenir que o Irã obtenha uma arma nuclear (...) e, o mais importante, alcançamos este histórico resultado graças à diplomacia, sem nos arriscar em outra guerra no Oriente Médio", disse o governante em uma declaração na Casa Branca, em referência ao acordo nuclear, que foi muito criticado pela oposição republicana dos EUA.

Obama assinou a ordem executiva para a suspensão das sanções após a confirmação no sábado por parte da Agência Internacional de Energia Atômica de que o Irã cumpriu as exigências para iniciar o acordo, que prevê limitar vários aspectos do programa atômico iraniano durante períodos de entre 10 e 25 anos, em troca de suspender as medidas punitivas.

Dito compromisso foi alcançado em julho do ano passado após décadas de tensão, anos de negociações e meses de árduo trabalho de negociadores do Grupo 5+1 (EUA, França, China, Reino Unido, Rússia e Alemanha) com a República Islâmica.

Em sua declaração na Casa Branca, Obama também destacou a libertação de quatro americanos presos no Irã, três dos quais deixaram hoje esse país.

"Quando se liberta americanos e eles retornam para suas famílias é algo que é preciso celebrar", disse o governante.

A declaração de Obama aconteceu após a confirmação da saída do país dos americanos, que foram libertados em uma troca na qual os EUA ofereceram clemência a sete iranianos condenados ou pendentes de julgamento por delitos relacionados com o embargo econômico contra o Irã, seis deles também com dupla nacionalidade irano-americana, além da retirada das acusações contra 14 iranianos.

A suspensão das sanções, que permite ao Irã dispor de US$ 100 bilhões em ativos que se encontravam bloqueados no mundo todo, foi muito criticada pelos republicanos, que tinham se oposto ao acordo nuclear com o Irã, país que consideram ser patrocinador do terrorismo no mundo.

Por este acordo, os EUA anulam as restrições relativas ao programa nuclear do Irã que afetavam setores econômicos da Repúblicas Islâmica - como o financeiro e o petroleiro - e que dificultavam a atividade comercial internacional do regime iraniano.

No entanto, o governo americano mantém as sanções relacionadas com "o apoio do Irã ao terrorismo, os abusos de direitos humanos e atividades de mísseis", segundo esclareceu a Casa Branca.