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Atentado em Burkina Fasso foi feito por 3 malineses da Al Qaeda

Entorno do hotel Splendid, em Uagadugu, alvo dos ataques no sábado (16) - Ludivine Laniepce/AP
Entorno do hotel Splendid, em Uagadugu, alvo dos ataques no sábado (16) Imagem: Ludivine Laniepce/AP

Em Nouakchott (Mauritânia)

18/01/2016 09h34

A Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI) revelou nesta segunda-feira (18) a identidade dos três jihadistas de nacionalidade malinesa que atacaram, na sexta-feira (15), um hotel em Uagadugu, capital de Burkina Fasso, matando 26 pessoas e deixando mais de 50 feridas.

Em comunicado enviado hoje à agência privada de notícias mauritana Al Akhbar, que costuma receber as notas dos jihadistas ativos no Sahel, a AQMI assinalou que os autores foram três malineses, "Abu Mohammed al Bughali al Ansari, Al Betar al Ansar e Ahmed al Vulani al Ansari".

A AQMI publicou fotos destes três jihadistas que invadiram o hotel Splendid e que são combatentes do grupo Al Mourabitoun, dirigido pelo jihadista argelino Mokhtar Belmokhtar, que se fundiu à AQMI.

O hotel, situado no distrito financeiro da capital, é frequentado por ocidentais e por funcionários da ONU. O prédio foi tomado pelo comando, que detonou um carro-bomba na entrada e começou a disparar em hóspedes, clientes e funcionários antes de fazer reféns mais de 120 deles.

A organização terrorista ressaltou neste último comunicado que seu ataque faz parte de suas suas ações contra "os focos dos cruzados que saqueiam nossas riquezas, agridem nossas famílias e violam nossos lugares sagrados".

A Al Qaeda qualificou o hotel Splendid como "um dos ninhos mais perigosos de espionagem mundial na África Ocidental" e um lugar onde "se dirige a guerra contra o islã e onde se concluem transações de saque dos recursos da África".

O grupo terrorista acrescentou que os jihadistas atacaram primeiro o restaurante Capuccino antes de fazer reféns no hotel, que foi seu "principal alvo" na operação que durou várias horas.

Além disso, ressaltou que o ataque foi realizado "por vingança por nossos pais na África Central, no Mali e em outros países do islã, no leste e no oeste".

Por último, a organização apontou que o atentado teve como objetivo lembrar "a França e a seus aliados que a segurança no mundo hoje em dia é indissociável". "Nos deixam em paz em nossa terra ou poremos em perigo sua segurança e a de seus cidadãos".