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Presidente da Bolívia fez mais de 4 mil viagens em 10 anos no poder

24/01/2016 15h16

O presidente da Bolívia, Evo Morales, que completa nesta semana dez anos no poder, realizou neste período 4.624 viagens por território boliviano e adicionalmente 178 a outros países, segundo dados oficiais recolhidos neste domingo pela imprensa local.

Os deslocamentos de Morales pela Bolívia chegaram a 98,5% do território nacional e abrangeram 334 municípios, segundo publica o jornal "La Razón".

O líder é o primeiro presidente boliviano que visitou em viagem oficial os cinco continentes.

Desde 2006, quando assumiu o primeiro dos três mandatos consecutivos que soma atualmente, Morales viajou para 46 países, com especial insistência na Venezuela (20 vezes), Argentina (18), Estados Unidos (17), Brasil (15) e Cuba (10).

Na Bolívia, o departamento que mais vezes visitou foi o de Cochabamba (centro), seu reduto político e sindical, no qual compareceu de forma oficial 1.430 vezes nos últimos dez anos.

Esse região é seguida por Santa Cruz, um reduto opositor no qual Morales esteve 751 vezes.

Já os departamentos menos visitados foram os amazônicos de Beni (309 vezes) e Pando (175), também tradicionalmente opostos ao Governo.

Segundo o presidente, citado pelo jornal, só faltam cinco localidades do departamento andino de La Paz para Morales se transformar no primeiro governante a visitar "todos os municípios da Bolívia".

As viagens de Evo Morales são famosas por serem maratonistas: começam de madrugada, concluem no começo da noite e nelas ocorrem reuniões, inaugurações e discursos em atos públicos, frequentemente em pontos distantes do país, cuja extensão ocupa quase 1,1 milhão de quilômetros quadrados.

O líder confessou em várias ocasiões que seus próximos o aconselharam a baixar esse ritmo frenético, embora no ano passado Morales tenha anunciado que se submeteu a uma exaustiva revisão médica em Cuba na qual foi comprovado que goza de um excelente estado de saúde, mas necessita de óculos.

Morales intensificou mais sua agenda nas últimas semanas, já que se encontra em campanha para conseguir que os bolivianos aprovem, em um referendo em 21 de fevereiro, uma modificação da Constituição que lhe permita voltar a ser candidato presidencial às eleições em 2019.