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Obama realiza primeira visita como presidente a uma mesquita nos EUA

O presidente dos EUA, Barack Obama, conversa com representantes da comunidade muçulmana em uma mesquita em Baltimore, Maryland - Jonathan Ernst/Reuters
O presidente dos EUA, Barack Obama, conversa com representantes da comunidade muçulmana em uma mesquita em Baltimore, Maryland Imagem: Jonathan Ernst/Reuters

Em Washington

03/02/2016 15h20

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se deslocou à cidade de Baltimore nesta quarta-feira (3) para visitar, pela primeira vez desde que assumiu o cargo, uma mesquita do país, onde prevê defender a liberdade religiosa perante o discurso antimuçulmano de alguns candidatos republicanos à Casa Branca.

Obama participará primeiro de uma mesa-redonda com integrantes da comunidade muçulmana da região na Sociedade Islâmica de Baltimore, no estado de Maryland.

Depois, o presidente deve fazer um discurso, no qual falará sobre as "contribuições" dos muçulmanos americanos ao país, segundo antecipou um funcionário da Casa Branca ao anunciar a viagem a Baltimore na semana passada.

Além disso, Obama quer "reafirmar a importância da liberdade religiosa", assim como se "manter a fidelidade" a valores fundamentais do país como "se manifestar contra a intolerância", detalhou o funcionário.

Desde que assumiu a presidência, em janeiro de 2009, Obama visitou mesquitas durante algumas de suas viagens ao exterior, mas não dentro dos EUA.

Nos últimos meses, Obama denunciou em vários discursos, sem alusões diretas, o discurso xenófobo de alguns dos pré-candidatos republicanos à Casa Branca e, em particular, a proposta de um deles, Donald Trump, de vetar a entrada ao país aos muçulmanos perante a ameaça do terrorismo jihadista.

"Nossa liberdade está ligada à liberdade dos demais, independentemente de como são, de onde vêm, de qual é seu sobrenome ou que fé praticam", ressaltou o presidente em dezembro na cerimônia de comemoração do 150º aniversário da 13ª Emenda da Constituição americana, que aboliu formalmente a escravidão.

Uma semana depois, em outro discurso nos Arquivos Nacionais, Obama ressaltou que a imigração é a "origem" dos EUA e pediu para que não se volte a "sucumbir ao medo" em relação ao estrangeiro para que não se repitam "erros" do passado.