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Se eleito, Donald Trump diz que aplicará torturas a suspeitos terroristas

Donald Trump se mostrou partidário a aplicar táticas "muito piores" que o "afogamento simulado" - Brian Snyder/Reuters
Donald Trump se mostrou partidário a aplicar táticas "muito piores" que o "afogamento simulado" Imagem: Brian Snyder/Reuters

Em Washington

07/02/2016 02h26

O magnata e pré-candidato à Presidência dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump, se mostrou partidário neste sábado (6) não só de restabelecer a tortura por afogamento simulado a suspeitos de terrorismo se chegar à Casa Branca, mas de aplicar táticas "muito piores".

"Restabeleceria o waterboarding [afogamento simulado] e um inferno muito pior que isso", disse Trump ao ser perguntado a respeito no debate televisionado entre os pré-candidatos organizado pela emissora "ABC" em Manchester (New Hampshire).

Já em entrevista em novembro do ano passado, Trump tinha afirmado que, se chegar à Casa Branca, restabeleceria esse método de tortura, que consiste em jogar água no rosto coberto com um tecido para provocar asfixia no detido.

Essa polêmica técnica, utilizada pela Administração de George W. Bush para extrair informação dos suspeitos detidos após os atentados do dia 11 de setembro de 2001, foi proibida pelo atual presidente, Barack Obama, pouco depois de chegar ao poder em 2009.

Por sua vez, o senador Ted Cruz disse durante o debate que, sob a definição "geralmente reconhecida" de tortura, não se pode considerar o afogamento simulado como tal.

No entanto, Cruz quis se distanciar de Trump e sustentou que não seria partidário, se chegasse à Presidência, de um uso "generalizado" da técnica do afogamento simulado.

No extremo contrário, o ex-governador da Flórida Jeb Bush, irmão do ex-presidente George W. Bush, lembrou que essa prática foi proibida e que manter esse veto é o "apropriado".

Enquanto isso, o senador Marco Rubio atacou Obama por causa da tentativa de fechar a prisão de Guantánamo, localizada em Cuba e criada também durante o governo de George W. Bush, e afirmou:. "Deveríamos pôr pessoas em Guantánamo, não esvaziá-la".