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EUA querem sistema antimísseis na Coreia do Sul "o mais rápido possível"

7.fev.2016 - Em imagem da televisão estatal norte-coreana, foguete é lançado de base no nordeste da Coreia do Norte - TV Estatal Norte-Coreana/Yonhap/AFP
7.fev.2016 - Em imagem da televisão estatal norte-coreana, foguete é lançado de base no nordeste da Coreia do Norte Imagem: TV Estatal Norte-Coreana/Yonhap/AFP

Em Washington

08/02/2016 19h39

O Pentágono anunciou nesta segunda-feira sua intenção de instalar um moderno sistema antimísseis na Coreia do Sul "o mais rápido possível" como parte de sua resposta à "ameaça" da Coreia do Norte após o lançamento de um foguete de longo alcance no último fim de semana.

O porta-voz do Pentágono, Peter Cook, ressaltou em entrevista coletiva que Estados Unidos e Coreia do Sul tinham iniciado as negociações para explorar "a viabilidade de instalar e operar um sistema antimísseis o mais rápido possível" em território sul-coreano.

"Estamos começando as consultas agora com os sul-coreanos, e esperamos que isto avance de maneira rápida", ressaltou o porta-voz.

O sistema em questão é um terminal de defesa aérea de grande altitude, conhecido pela sigla THAAD, de última geração.

"Estaria focado exclusivamente na Coreia do Norte e contribuiria para uma defesa de mísseis de diferentes níveis que reforçaria os existentes atualmente", acrescentou Cook, em resposta às preocupações expressadas pela China pela possibilidade de haver um sistema com estas características tão perto de suas fronteiras.

No fim de semana, a Coreia do Norte lançou um foguete de longo alcance para pôr em órbita um satélite, o que a comunidade internacional considerou como teste de mísseis secreto e Washington tachou de "outra ação desestabilizadora e provocadora".

Em 2013, os EUA tinham instalado uma bateria de THAAD em Guam, uma ilha americana no Pacífico, com o objetivo de conter as provocações norte-coreanas na região.

Por sua vez, em uma entrevista à rede de televisão "CBS, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse que não se surpreendeu com o lançamento do foguete por ele ser parte de "um padrão de comportamento" do regime norte-coreano.

"Estamos preocupados com o comportamento da Coreia do Norte há algum tempo", afirmou Obama, que também classificou o regime de Kim Jong-un como "autoritário e provocador".