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Obama e Putin falam por telefone sobre acordo para cessar-fogo na Síria

22/02/2016 16h42

Washington, 22 fev (EFE).- Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Rússia, Vladimir Putin, conversaram por telefone nesta segunda-feira sobre o acordo entre seus governos para implementar um cessar-fogo na Síria a partir da meia-noite do próximo dia 27 de fevereiro.

A pedido de Putin, os dois presidentes falaram sobre o acordo "para conseguir uma cessação de hostilidades na Síria", informou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, em sua entrevista coletiva diária.

"O presidente Obama celebrou que se tenha chegado a um entendimento entre EUA, Rússia e outros membros do Grupo de Apoio Internacional à Síria sobre os termos e modalidades desta cessação de hostilidades", detalhou a Casa Branca em comunicado.

Obama ressaltou que "a prioridade agora é assegurar respostas positivas por parte do regime sírio e da oposição armada, assim como uma implementação fiel por todas as partes a fim de aliviar o sofrimento do povo sírio e estimular o processo liderado pela ONU" para acabar com a guerra.

O acordo anunciado hoje por ambos governos estabelece os termos para um cessar-fogo que entraria em vigor à meia-noite do sábado, 27 de fevereiro, e do qual estão excluídos os ataques ao Estado Islâmico (EI) e a outras organizações terroristas como a Frente al Nusra.

O porta-voz da Casa Branca reconheceu que o acordo será "difícil de implementar" e que haverá "obstáculos e revezes", mas assegurou que os Estados Unidos farão o possível para concretizá-lo.

"Este é um momento de oportunidade e requer que todas as partes signatárias deste documento cumpram os compromissos que fizeram . É hora de fazerem isso", afirmou Earnest.

O acordo é anunciado depois que as potências internacionais pactuaram no último dia 11 de fevereiro na Alemanha um cessar-fogo para que fosse aplicado em uma semana, e que finalmente expirou sem ser cumprido.

Obama e Putin também falaram hoje sobre o conflito no leste da Ucrânia, e o presidente americano "enfatizou a importância de que as forças combinadas separatistas e russas" na região cumpram "suas obrigações sob os acordos de Minsk", em particular o cessar-fogo e o acesso à missão observadora da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).

O presidente americano "ressaltou a importância de chegar rapidamente a um acordo sobre as modalidades para realizar eleições livres e justas no leste da Ucrânia que cumpram os padrões da OSCE", acrescentou a Casa Branca em seu comunicado.