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Confiante, Sanders diz que ganhará "várias centenas de delegados" hoje

01/03/2016 22h42

Washington, 1 mar (EFE).- O senador Bernie Sanders, que disputa com a ex-primeira-dama e ex-secretária de Estado Hillary Clinton a candidatura do Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos, afirmou nesta terça-feira, quando acontecem eleições primárias em 12 estados - a chamada Super Terça -, que sua campanha ganhará "várias centenas de delegados" hoje

"Até acabar a noite, teremos ganhado várias centenas de delegados", declarou Sanders em discurso em sua sede de campanha em Essex Junction, no estado de Vermont, o qual representa no Senado e cuja primária ele venceu nesta terça.

O senador lembrou que os 865 delegados do partido que estão em disputa em 12 estados e no território de Samoa Americana hoje não irão parar integralmente ao vencedor de cada território, mas serão divididos de forma proporcional caso o perdedor reúna certa quantidade de votos.

"Deixem-me lhes garantir que vamos levar nossa luta pela justiça econômica, a justiça social, o respeito ao meio ambiente e à paz mundial a cada um desses estados", afirmou.

"Sei que a ex-secretária (de Estado Hillary) Clinton e outros no 'establishment' (aparelho do partido democrata) pensam que estou sendo ambicioso demais (com as promessas da minha campanha), mas não estou de acordo", disse.

Para Sanders, a campanha "não significa apenas escolher um presidente, mas transformar os Estados Unidos".

O senador de 74 anos agradeceu profundamente o apoio dos eleitores do estado onde lançou sua carreira política como prefeito da cidade de Burlington e, mais tarde, como congressista e senador.

"Queremos ganhar em todos os cantos do país, mas significa muito para mim que o povo que melhor me conhece tenha se pronunciado tão categoricamente para nos levar à Casa Branca. Muitíssimo obrigado", ressaltou.

Sanders reiterou que concebe sua campanha como uma "revolução política" que envolve "milhões de pessoas no processo político", entre eles trabalhadores "tão desiludidos que já não votam e jovens" que nunca se interessaram pelas eleições.

Essa revolução deve "unir negros e brancos, latinos e americanos de origem asiática", e "não permitir que os Donald Trump do mundo nos dividam", acrescentou.

"Pode ser que Wall Street e os comitês de ação política estejam contra nós, mas vamos ganhar porque nossa mensagem está tendo eco, e quando o povo se mantém unido, acabará vencendo", sentenciou.