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"El Chapo" Guzmán pede que sua defesa acelere extradição aos EUA

"El Chapo" prefere ser extraditado aos EUA do que ficar em prisão mexicana - AP
'El Chapo' prefere ser extraditado aos EUA do que ficar em prisão mexicana Imagem: AP

Na Cidade do México

02/03/2016 16h44

O narcotraficante Joaquín "El Chapo" Guzmán pediu a seus advogados que acelerem seu processo de extradição aos Estados Unidos devido às difíceis condições em que se encontra em um presídio de segurança máxima no México.

O advogado José Refugio Rodríguez disse nesta quarta-feira (2) à emissora "Radio Fórmula" que se reuniu ontem com Guzmán, a quem viu "desesperado" e "abatido" pelas condições que enfrenta na prisão, onde não o deixam dormir porque é acordado pelo menos uma vez por noite para obter uma "prova de vida".

"Ele me pediu que fizéssemos o máximo que pudéssemos para fazer com que cessasse a situação que está vivendo e me disse: 'Trate de obter o mais rápido possível minha extradição, trate de ver como se pode falar com o governo americano'", relatou.

"É um ato reflexo de seu desespero perante a atitude adotada pelo Estado mexicano com ele", ponderou Rodríguez, que afirmou que tem que falar "com os advogados dos EUA para ver como vamos negociar".

O advogado já tinha dito na semana passada que o traficante se declararia culpado se fosse extraditado aos Estados Unidos, em troca de "uma pena razoável" e de ser recluso em uma prisão de segurança média.

Uma fonte governamental declarou na terça-feira que a extradição aos EUA do narcotraficante, recapturado em janeiro após fugir de uma prisão seis meses antes, "não fere o ego" do México e expressou seu desejo de que sua transferência aconteça "o mais rápido" possível.

O chefe de prisões federais do México, Eduardo Guerrero, negou na terça-feira que os direitos humanos de "El Chapo" estejam sendo violados e esclareceu que é acordado a cada quatro horas para respeitar o protocolo, uma vez que o narcotraficante não está "em um spa".

Guzmán enfrenta dezenas de acusações por narcotráfico e lavagem de dinheiro em tribunais federais de Arizona, Texas, Califórnia, Illinois, Flórida e Nova York.