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Passageiros de avião sequestrado e desviado ao Chipre retornam ao Egito

Yiannis Kourtoglou/Reuters
Imagem: Yiannis Kourtoglou/Reuters

No Cairo

29/03/2016 18h06Atualizada em 29/03/2016 18h29

Os 55 passageiros e a tripulação do avião da Egyptair sequestrado e forçado a aterrissar no aeroporto cipriota de Larnaca retornaram nesta terça-feira ao Egito, acompanhados do ministro de Aviação Civil egípcio, Sherif Fathi Attiyah, a bordo de uma aeronave fretada pelas linhas aéreas egípcias.

A aeronave aterrissou no Cairo às 21h20 locais (16h20 em Brasília) em meio a grande expectativa em relação ao ministro, que se deslocou a Larnaca para acompanhar os reféns libertados à capital egípcia, destino original dos 55 passageiros, entre os quais há 21 estrangeiros.

Attiyah disse que alguns dos passageiros viajaram diretamente do Chipre a seus destinos finais, enquanto outros retornaram ao Cairo, aonde deveriam ter chegado 12 horas antes.

O primeiro-ministro egípcio, Sherif Ismail, recebeu os reféns liberados na pista após a aterrissagem do avião, fretado imediatamente para que pudessem retornar do Chipre, depois que fossem postos em liberdade pelo sequestrador após horas de negociação.

O Airbus A320 saiu nesta manhã da cidade mediterrânea de Alexandria, no norte do Egito, com destino à capital Cairo, mas foi desviado até o Chipre por um egípcio com antecedentes criminais que fingiu carregar explosivos.

O irmão do assistente de voo Hazem Abu Bakr, que viajava a bordo da aeronave desviada, disse à Agência Efe que conseguiu falar com algumas pessoas quando o avião aterrissou em Larnaca e que sua família sobre sua situação.

Abu Bakr relatou a seus parentes que o sequestrador abriu sua camisa e mostrou o que carregava, dizendo ser explosivos, e todos acreditaram. O criminoso pediu que o avião mudasse de rumo, mas em nenhum momento entrou na cabine.

Após forçar a aterrissagem no Chipre, o sequestrador permitiu a descida dos passageiros e horas depois libertou os sete tripulantes, antes de se entregar às autoridades cipriotas. Os motivos por trás desta ação ainda não foram esclarecidos.

O primeiro-ministro egípcio descartou que seja um ato terrorista, enquanto Attiyah disse à imprensa no aeroporto que as investigações continuam para determinar as razões do sequestro.