Pouco acostumados com peso nas primárias, 5 estados dos EUA votam nesta terça
Beatriz Pascual Macías.
Rockville (EUA), 26 abr (EFE).- O longo processo de eleições primárias que define os candidatos dos partidos Republicano e Democrata à presidência dos Estados Unidos chegou nesta terça-feira a cinco estados pouco acostumados a terem peso nesta decisão, já que, como dizem alguns de seus eleitores, quando chega sua vez de votar, normalmente as legendas já definiram seus escolhidos.
Pensilvânia, Maryland, Connecticut, Rhode Island e Delaware são os estados que vão às urnas hoje na 18º dia de realização das prévias - restam nove jornadas para o fim do processo, que começou em 1º de fevereiro com o caucus (modelo de eleição por assembleia popular) de Iowa e tem término previsto para 14 de junho com a primária democrata do Distrito de Colúmbia.
"Esta é a primeira vez que voto em eleições primárias porque, normalmente, quando o processo chega até nós, já não conta, os candidatos foram selecionados e não temos voz", contou à Agência Efe Peter McCanaugh em frente a um colégio eleitoral de Rockville, em Maryland.
As grandes rivalidades dentro das corridas democrata e republicana rumo à Casa Branca mantiveram o interesse popular no processo e, por isso, lideranças dos dois partidos disponibilizaram mais cédulas nos colégios eleitorais desses cinco estados devido à possibilidade de que sejam batidos recordes de participação.
Pesquisas divulgadas nos últimos dias mostram que os novos eleitores tendem mais por Bernie Sanders, rival de Hillary Clinton na disputa democrata, e por Donald Trump, candidato republicano.
"Votei em Trump porque ele parece entender melhor os problemas deste país", resumiu McCanaugh, que em 1993 se mudou para Rockville, uma cidade próspera e que fica perto da capital Washington, mas que foi criado em Vail, uma zona industrial de Nova Jersey e mais simpática às propostas do bilionário.
De fato, as pesquisas dão a Trump uma vitória fácil no estado da Pensilvânia, estado mais disputado de hoje pelo alto número de delegados partidários em jogo (71 para os republicanos) e onde o maior reduto de votos do empresário pode estar em Pittsburgh, a antiga "cidade de aço" que perdeu grande parte de sua indústria siderúrgica.
"Quando se vive em um lugar como este - disse McCanaugh apontando para as árvores -, não há muita gente que esteja ferida pelas políticas sobre as quais Trump fala, mas vá ao lugar onde cresci, às cidades industriais, e as pessoas estão sofrendo".
A escola Fallsmead, onde McCanaugh votou, se transformou hoje em um fervedouro de atividades, com dezenas de cartazes com os nomes dos candidatos, longas filas e uma grande mesa colocada do lado de fora e onde duas mulheres distribuíam aos eleitores café, sucos, pãezinhos, biscoitos e sanduíches.
Também fora do colégio, uma rádio tocava algumas das músicas que mais têm feito sucesso nas rádios e na internet, e um grupo de meninas dançava sem parar.
Os partidos Democrata e Republicano têm fora dos colégios eleitorais representantes que contam os eleitores e os classificam segundo sua afiliação política para facilitar a votação.
Jim Marrimon é o representante democrata em Fallsmead, e considera seu "dever" ajudar os vizinhos.
"É uma festa muito divertida", afirmou ele, que há mais de 20 anos atua nas eleições.
"Quero votar com minha mulher, tenho que buscá-la em casa. Vou votar em Hillary. Mesmo com alguns fatores negativos, o certo é que tem uma experiência maravilhosa, foi senadora, secretária de Estado. Está muito bem qualificada", ressaltou.
Os velhos e novos eleitores se misturam nos corredores do colégio com jovens que hoje não têm aula, mas que, em alguns casos, compareceram para ajudar nas votações.
Um desses voluntários é Andrew Hawley, de 13 anos, que hoje se encarregou de cumprimentar os eleitores que foram ao centro de votação, responder dúvidas e distribuir pequenos adesivos brancos com a palavra "votei" em azul e uma bandeira americana.
Estes adesivos ganharam popularidade no ano 2000, mas agora voltaram a ficar na moda, e alguns analistas políticos como a professora Mary Stuckey, da Universidade Estadual da Geórgia, acreditam que incentivam o voto.
"Muito obrigado por seu voto", repetiu hoje durante horas o pequeno Hawley, que tinha que se esticar para dar adesivos a alguns eleitores altos.
As primárias presidenciais nos EUA afetam vários aspectos da vida pública e privada. Envolvem crianças e adultos e fazem com que alguns, sem nenhum tipo de timidez, telefonem para amigos, parentes e vizinhos ou mesmo batam em suas portas para lembrá-los que hoje é dia de votar.
Rockville (EUA), 26 abr (EFE).- O longo processo de eleições primárias que define os candidatos dos partidos Republicano e Democrata à presidência dos Estados Unidos chegou nesta terça-feira a cinco estados pouco acostumados a terem peso nesta decisão, já que, como dizem alguns de seus eleitores, quando chega sua vez de votar, normalmente as legendas já definiram seus escolhidos.
Pensilvânia, Maryland, Connecticut, Rhode Island e Delaware são os estados que vão às urnas hoje na 18º dia de realização das prévias - restam nove jornadas para o fim do processo, que começou em 1º de fevereiro com o caucus (modelo de eleição por assembleia popular) de Iowa e tem término previsto para 14 de junho com a primária democrata do Distrito de Colúmbia.
"Esta é a primeira vez que voto em eleições primárias porque, normalmente, quando o processo chega até nós, já não conta, os candidatos foram selecionados e não temos voz", contou à Agência Efe Peter McCanaugh em frente a um colégio eleitoral de Rockville, em Maryland.
As grandes rivalidades dentro das corridas democrata e republicana rumo à Casa Branca mantiveram o interesse popular no processo e, por isso, lideranças dos dois partidos disponibilizaram mais cédulas nos colégios eleitorais desses cinco estados devido à possibilidade de que sejam batidos recordes de participação.
Pesquisas divulgadas nos últimos dias mostram que os novos eleitores tendem mais por Bernie Sanders, rival de Hillary Clinton na disputa democrata, e por Donald Trump, candidato republicano.
"Votei em Trump porque ele parece entender melhor os problemas deste país", resumiu McCanaugh, que em 1993 se mudou para Rockville, uma cidade próspera e que fica perto da capital Washington, mas que foi criado em Vail, uma zona industrial de Nova Jersey e mais simpática às propostas do bilionário.
De fato, as pesquisas dão a Trump uma vitória fácil no estado da Pensilvânia, estado mais disputado de hoje pelo alto número de delegados partidários em jogo (71 para os republicanos) e onde o maior reduto de votos do empresário pode estar em Pittsburgh, a antiga "cidade de aço" que perdeu grande parte de sua indústria siderúrgica.
"Quando se vive em um lugar como este - disse McCanaugh apontando para as árvores -, não há muita gente que esteja ferida pelas políticas sobre as quais Trump fala, mas vá ao lugar onde cresci, às cidades industriais, e as pessoas estão sofrendo".
A escola Fallsmead, onde McCanaugh votou, se transformou hoje em um fervedouro de atividades, com dezenas de cartazes com os nomes dos candidatos, longas filas e uma grande mesa colocada do lado de fora e onde duas mulheres distribuíam aos eleitores café, sucos, pãezinhos, biscoitos e sanduíches.
Também fora do colégio, uma rádio tocava algumas das músicas que mais têm feito sucesso nas rádios e na internet, e um grupo de meninas dançava sem parar.
Os partidos Democrata e Republicano têm fora dos colégios eleitorais representantes que contam os eleitores e os classificam segundo sua afiliação política para facilitar a votação.
Jim Marrimon é o representante democrata em Fallsmead, e considera seu "dever" ajudar os vizinhos.
"É uma festa muito divertida", afirmou ele, que há mais de 20 anos atua nas eleições.
"Quero votar com minha mulher, tenho que buscá-la em casa. Vou votar em Hillary. Mesmo com alguns fatores negativos, o certo é que tem uma experiência maravilhosa, foi senadora, secretária de Estado. Está muito bem qualificada", ressaltou.
Os velhos e novos eleitores se misturam nos corredores do colégio com jovens que hoje não têm aula, mas que, em alguns casos, compareceram para ajudar nas votações.
Um desses voluntários é Andrew Hawley, de 13 anos, que hoje se encarregou de cumprimentar os eleitores que foram ao centro de votação, responder dúvidas e distribuir pequenos adesivos brancos com a palavra "votei" em azul e uma bandeira americana.
Estes adesivos ganharam popularidade no ano 2000, mas agora voltaram a ficar na moda, e alguns analistas políticos como a professora Mary Stuckey, da Universidade Estadual da Geórgia, acreditam que incentivam o voto.
"Muito obrigado por seu voto", repetiu hoje durante horas o pequeno Hawley, que tinha que se esticar para dar adesivos a alguns eleitores altos.
As primárias presidenciais nos EUA afetam vários aspectos da vida pública e privada. Envolvem crianças e adultos e fazem com que alguns, sem nenhum tipo de timidez, telefonem para amigos, parentes e vizinhos ou mesmo batam em suas portas para lembrá-los que hoje é dia de votar.
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