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Maduro diz ser alvo de plano de assassinato e anuncia "dezenas de detidos"

4.jan.2016/Reuters
Imagem: 4.jan.2016/Reuters

Em Caracas

01/05/2016 19h58

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou neste domingo (1º) no comício governista pelo Dia do Trabalho que há "dezenas de detidos" vinculados a um novo suposto plano para matá-lo e ordenou uma "rebelião e decretar uma greve geral indefinida" caso algum complô seja bem-sucedido.

"Eu não queria alarmar vocês, mas temos dezenas de detidos e ontem detivemos pessoas no topo de alguns edifícios" próximos ao local onde deveria acabar a passeata de hoje", disse perante milhares de manifestantes em discurso transmitido em rede nacional obrigatória de rádio e televisão.

Por essa aparente tentativa de franco-atiradores, Maduro disse, sem oferecer mais detalhes, que decidiu que a passeata pelo Dia do Trabalho terminaria no Palácio Presidencial. "A oligarquia e o imperialismo (em alusão aos Estados Unidos) estão desesperados e se algum dia fizerem algo contra mim e conseguirem tomar este palácio, de um jeito ou de outro, eu ordeno que vocês, homens e mulheres da classe operária, declarem rebelião e decretem uma greve geral indefinida", pediu aos seguidores.

Maduro já denunciou em diversas ocasiões outros planos contra a sua pessoa, a último vez no dia 13 de abril, quando afirmou que tinha "provas" de um plano que atribuiu a paramilitares e disse que as apresentaria "nas próximas horas", mas não o fez.

"Nas próximas horas vamos mostrar provas de acampamentos paramilitares que foram descobertos no estado Miranda (centro) para me assassinar", disse após advertir que não queria mais se referir ao assunto para "não aumentar o clima". "Acho que sou o ser humano mais atacado na Venezuela. Acredito que sou o ser humano mais atacado do planeta Terra", disse o líder venezuelano neste domingo.