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Mulher é acionada na Justiça argentina por ameaças a Macri e sua filha

24/05/2016 02h01

Buenos Aires, 23 mai (EFE).- Um juiz federal da Argentina ditou nesta segunda-feira um processo contra uma mulher e uma multa de 150 mil pesos (US$ 10.700) por ela ter supostamente ameaçado o presidente Mauricio Macri e a sua filha pequena Antonia através de uma série de mensagens publicadas no Twitter, informaram fontes jurídicas.

Segundo a investigação, a acusada utilizou um perfil anônimo para divulgar diversas mensagens no Twitter que continham ameaças contra o chefe de Estado e sua família, e inclusive utilizou uma fotografia de Antonia Macri, a filha do presidente de apenas quatro anos de idade, com uma tarja preta em seu pescoço, como sua fotografia de perfil.

Essa imagem era acompanhada pelas frases "matem a pequenina" e "também é aceitável que a vendam para Taiwan, eles saberão o que fazer", informou o Centro de Informação Judicial com base no auto de processamento do juiz.

Entre as mensagens, se destacavam: "Nosso ódio será acalmado com seus filhos. Espero que Mauricio Macri deixe um guarda-costas vitalício para Antonia" e "se o kirchnerismo fez algo ruim, foi não ter matado toda a burguesia, jornalistas e políticos de direita, em seus 12 anos de gestão".

"É nosso dever matar seus descendentes, mas isso não acaba mais", acrescentou a mulher que está sendo processada, segundo a informação judicial.

O juiz federal considerou que as publicações da mulher constituíram o crime de ameaças e estipulou uma multa de 150 mil pesos (US$ 10.700) com base nas despesas do Estado em operações de segurança por causa das mensagens.

Antes, o juiz avaliou o alcance legal da liberdade de pensamento e expressão para determinar se as mensagens poderiam ser amparadas por esse direito, mas, finalmente, concluiu que, ao invés disso, as "expressões de ódio" manifestadas são proibidas pelo próprio direito constitucional.