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Sobreviventes de Hiroshima participarão de cerimônia com presença de Obama

Nuvem gerada pela explosão da bomba nuclear sobre Hiroshima em 6 de agosto de 1945 - AFP
Nuvem gerada pela explosão da bomba nuclear sobre Hiroshima em 6 de agosto de 1945 Imagem: AFP

Em Hiroshima

26/05/2016 06h49

Ao menos três sobreviventes japoneses da bomba atômica participarão nesta sexta-feira (27), em Hiroshima, da cerimônia na qual o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, realizará uma oferenda de flores em homenagem às vítimas do ataque de 1945.

Segundo a agência de notícias Efe, três dos integrantes da Associação de Sobreviventes do Japão foram convidados a participar da histórica visita de Obama, a primeira de um presidente americano em exercício à cidade japonesa.

Os sobreviventes são Sunao Tsuboi, de 91 anos, e Mikiso Iwasa, de 87, ambos vítimas do ataque em Hiroshima no dia 6 de agosto de 1945, e Terumi Tanaka, de 84, estava em Nagasaki quando a segunda bomba atômica foi lançada sobre essa cidade pelas tropas dos EUA.

Obama participará na sexta-feira de uma breve cerimônia junto com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, diante do cenotáfio que lembra as vítimas do ataque nuclear no Parque da Paz, que foi construído em uma área arrasada pela bomba.

O presidente americano realizará um discurso durante o evento, mas a Casa Branca descartou que este vai incluir um pedido de desculpas.

Sunao Tsuboi, que tinha 20 anos quando a bomba atômica foi lançada sobre Hiroshima, é o presidente da Associação de Sobreviventes de sua cidade.

Em entrevista à Efe há um ano, Tsuboi afirmou que sonhava com o dia em que o presidente dos Estados Unidos visitaria Hiroshima para fazê-lo entender o quão importante é abolir os arsenais nucleares, "que não servem para nada".

No Japão, o único país que foi vítima de ataques nucleares, há cerca de 180 mil sobreviventes e sua média de idade gira em torno dos 80 anos.

As bombas atômicas lançadas em agosto de 1945 provocaram a morte imediata de 80 mil pessoas em Hiroshima e de outras 74 mil em Nagasaki, mas as mortes aumentaram em milhares durante os anos posteriores devido aos ferimentos e à radiação.