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Uganda condena responsáveis por atentados de Campala em 2010

26/05/2016 15h13

Campala, 26 mai (EFE).- A Suprema Corte de Uganda declarou culpados nesta quinta-feira sete membros de Al Shabab, entre eles o cérebro do grupo, que são acusados de matar 76 pessoas em dois atentados realizados em Campala durante a transmissão da final da Copa do Mundo da África do Sul em julho de 2010.

Os sete acusados, que foram considerados culpados das acusações de terrorismo, assassinato e tentativa de assassinato, podem ser condenados à morte nesta sexta-feira quando o juiz do caso, Alfonse Owiny-Dollo, ditar a sentença.

Um oitavo acusado foi declarado culpado de ser cúmplice da célula terrorista e outros cinco foram absolvidos porque a procuradoria não pôde provar sua relação com os atentados.

O juiz considera provado que o cérebro da operação, o ugandense Issa Ahmed Luyima, viajou à Somália para planejar os ataques e participou de forma ativa na escolha dos bares nos quais explodiram as bombas.

Em 11 de julho de 2010, duas bombas explodiram em diferentes bares de Campala durante a transmissão da final do Mundial da África do Sul entre Espanha e Holanda e mataram 76 pessoas.

O grupo terrorista somali Al Shabab, filiado a Al Qaeda, reivindicou os atentados e os qualificou de vingança pela participação do exército ugandense na Missão da União Africana na Somália (AMISOM).

Um defeito de fabricação na terceira bomba posta em um bar dos arredores da cidade impediu que esta explodisse e o telefone usado como detonador foi fundamental na identificação e detenção dos suspeitos.

O julgamento dos 13 acusados, entre os quais há ugandenses, quenianos e tanzanianos, começou em março de 2015, mas foi adiado em várias ocasiões porque vários deles denunciaram as forças de segurança por sequestro e tortura, embora o Tribunal Constitucional tenha rejeitado as acusações.